"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS
DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"
EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).
DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"
EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).
lunes, 27 de julio de 2015
Mais uma vez, "a FRELIMO e' que fez"!
Ai vem a Desobediencia Fiscal. Ja' esta' sendo justificada pelo escandalo da EMATUM: os seus mentores dizem que vao deixar de pagar os impostos enquanto nao se esclarecer o caso.
lunes, 1 de junio de 2015
Por detras do PROSAVANA
Era ainda de manha quando o homem pediu licença, já la’ no quintal.
Apenas tínhamos acabado de nos saudar e metemo-nos em rol de conversas que pareciam ordinárias. Mas não tardou a ir para o assunto de seu interesse: “O PROSAVANA esta’ chegando e convido-lhe a fazer parte”.
Não me apercebi, ao princípio, para onde me estava levando e de imediato lhe disse que essa coisa estava sendo contestada por falta de transparência na sua apresentação. E foi mesmo aqui que chegamos ao verdadeiro teor da conversa: as Revelações de viva voz de quem esta’ la’ metido.
O homem começou por tentar-me convencer que deixasse acontecer (como se eu constituísse algum impedimento) e que isso traria grandes proveitos.
Quando insisti que faltava clareza, então ele começou a emocionar-se e disse: “Entendam que o PROSAVANA como tal pode não acontecer, mas a ideia esta’ la’: essa e’ uma maneira de tirar dinheiro aos brasileiros e esse dinheiro tem que vir!”
Questiuonei-lhe sobre o verdadeiro ganho dos camponeses abrangidos. Ele contornou a pergunta e voltou a insistir que o que queria e’ que as coisas começassem a acontecer. Depois disse:”Eu estou la dentro, metido, e quero que esse dinheiro venha. E, para tu saberes, ‘esse ideia há-de se implementar. Não e’ por acaso que na Direção Provincial de Agricultura de Nampula esta’ posto o (usou um apelido que não recordo) como director e o Zucula na área de implantação do PROSAVANA. Esta dupla, de Inhambane, sabe sugar dinheiro. O Zucula tem perícia nisso”
_ Zucula, por acaso, o nosso antigo homem do INGC? _ Perguntei.
Que’ disso? Outro Zucula. Eles são muitos, mas este de que lhe falo e’ alguém que lhe garanto que sabe tirar dinheiro, e nós queremos esse dinheiro. Já lhe disse que faco parte. E’ pena que grande parte do bolo ira’, com certeza com os manhambanes, mas, que fazer, deixe acontecer. _ Respondeu-me.
_ Eu temo que aconteça com os camponeses afetados como aconteceu com os oleiros de Tete: desalojados, mal assentados e ignorados. _ Disse-lhe
_ Essa vossa ignorância! Tinha razão o saudoso presidente cessante quando dizia que a pobreza dos moçambicanos era de mente. E’ preciso estudar. Então hão de saber que o dinheiro não vem, tem que ser tirado de algum lugar. E nós queremos tirar esse dinheiro dos brasileiros. Eles sabem de onde o irão buscar: do FMI, do Banco Mundial e/ou de outras instituições financeiras.
Eu: _ Quer me dizer que os que contestam ao PROSAVANA são analfabetos?
Ele: _ Ainda que isso não sejam, ignorantes não deixam de ser. Se não sabem que o dinheiro tem que ser trazido que mais pensam que sabem. Eu já disse: “quero o dinheiro do PROSAVANA. Estou la dentro”.
Nunca tinha pensado que aquele aparente amigo, que se gaba de antigo combatente e alta individualidade na guarnição presidencial, que muito gozara de meus prestamos (prestamos de um pacato cidadão) pudesse tratar-me de jeito tao desprezível. E’ claro, eles ufanam-se de uma vitória arrancada. E eu, tal como o meu povo, já deixamos de ser gente: se não conseguimos reivindicar o que ganháramos honestamente que outra saída temos?
Apenas tínhamos acabado de nos saudar e metemo-nos em rol de conversas que pareciam ordinárias. Mas não tardou a ir para o assunto de seu interesse: “O PROSAVANA esta’ chegando e convido-lhe a fazer parte”.
Não me apercebi, ao princípio, para onde me estava levando e de imediato lhe disse que essa coisa estava sendo contestada por falta de transparência na sua apresentação. E foi mesmo aqui que chegamos ao verdadeiro teor da conversa: as Revelações de viva voz de quem esta’ la’ metido.
O homem começou por tentar-me convencer que deixasse acontecer (como se eu constituísse algum impedimento) e que isso traria grandes proveitos.
Quando insisti que faltava clareza, então ele começou a emocionar-se e disse: “Entendam que o PROSAVANA como tal pode não acontecer, mas a ideia esta’ la’: essa e’ uma maneira de tirar dinheiro aos brasileiros e esse dinheiro tem que vir!”
Questiuonei-lhe sobre o verdadeiro ganho dos camponeses abrangidos. Ele contornou a pergunta e voltou a insistir que o que queria e’ que as coisas começassem a acontecer. Depois disse:”Eu estou la dentro, metido, e quero que esse dinheiro venha. E, para tu saberes, ‘esse ideia há-de se implementar. Não e’ por acaso que na Direção Provincial de Agricultura de Nampula esta’ posto o (usou um apelido que não recordo) como director e o Zucula na área de implantação do PROSAVANA. Esta dupla, de Inhambane, sabe sugar dinheiro. O Zucula tem perícia nisso”
_ Zucula, por acaso, o nosso antigo homem do INGC? _ Perguntei.
Que’ disso? Outro Zucula. Eles são muitos, mas este de que lhe falo e’ alguém que lhe garanto que sabe tirar dinheiro, e nós queremos esse dinheiro. Já lhe disse que faco parte. E’ pena que grande parte do bolo ira’, com certeza com os manhambanes, mas, que fazer, deixe acontecer. _ Respondeu-me.
_ Eu temo que aconteça com os camponeses afetados como aconteceu com os oleiros de Tete: desalojados, mal assentados e ignorados. _ Disse-lhe
_ Essa vossa ignorância! Tinha razão o saudoso presidente cessante quando dizia que a pobreza dos moçambicanos era de mente. E’ preciso estudar. Então hão de saber que o dinheiro não vem, tem que ser tirado de algum lugar. E nós queremos tirar esse dinheiro dos brasileiros. Eles sabem de onde o irão buscar: do FMI, do Banco Mundial e/ou de outras instituições financeiras.
Eu: _ Quer me dizer que os que contestam ao PROSAVANA são analfabetos?
Ele: _ Ainda que isso não sejam, ignorantes não deixam de ser. Se não sabem que o dinheiro tem que ser trazido que mais pensam que sabem. Eu já disse: “quero o dinheiro do PROSAVANA. Estou la dentro”.
Nunca tinha pensado que aquele aparente amigo, que se gaba de antigo combatente e alta individualidade na guarnição presidencial, que muito gozara de meus prestamos (prestamos de um pacato cidadão) pudesse tratar-me de jeito tao desprezível. E’ claro, eles ufanam-se de uma vitória arrancada. E eu, tal como o meu povo, já deixamos de ser gente: se não conseguimos reivindicar o que ganháramos honestamente que outra saída temos?
viernes, 15 de mayo de 2015
Pacifismos infantis
Não são poucas as vezes que me
deparo com pronunciamentos do tipo: “Em nome da Paz, deixa as coisas como estão”.
Mas como estão as coisas não garantem
a sustentabilidade da Paz.
Estamos justificando um grande
crime em nome da Paz.
A paz não e’ apenas o calar das
armas. A Paz exige um compromisso sério com a verdade, a justiça social e o equilíbrio
fraterno.
Do jeito que se esta’ tentando
justificar a situação não e’ diferente de obrigar uma mulher a permanecer num
lar onde sofre maus tratos só para assegurar algum ganho económico _ a pessoa e’
mais que o dinheiro.
O que essas pessoas estão fazendo
e’ aumentar a instabilidade e a violência pondo assim em perigo a mesma paz que
dizem querer manter aconselhando uns a ser subjugados por outros e instando multidões
a acocorar-se diante da agenda obscura de um punhado.
Se queremos a Paz devemos seguir
pelo caminho da Paz!
domingo, 10 de mayo de 2015
lunes, 20 de abril de 2015
Dizem que
Dizem que Moçambique e’ “Livre e Independente,
E quem diz são aqueles que coartam as liberdades básicas de um ser humano;
Dizem que Moçambique e’ uno e indivisível,
E quem diz são aqueles que descriminam uma parte dos moçambicanos;
Dizem que são o ‘Garante da Paz’,
E quem diz são aqueles que importam armas de guerra e metem-se nas matas, …
Dizem que RENAMO destruiu a economia nacional no pós independência,
E quem diz são aqueles que deportaram os fazedores da economia nacional;
Dizem que as forças militares e policiais em Satungira e Maringue são para
proteger o lider da RENAMO’
E quem diz seu aqueles que ordenaram a sua captura e/ou morte
Dizem que mataram a Urias Simango porque insistia na propriedade privada,
E quem diz são aqueles que tem o país como propriedade pessoal;
Dizem que estamos em Paz,
E quem diz são aqueles que mobilizam equipamento e hostes para a guerra;
Dizem que Filipe Nyusi e FRELIMO ganharam as eleições,
E quem diz são aqueles que desviaram os editais do processo eleitoral;
Dizem que quem matou a Gilles Cistack foram dois cidadãos de cor branca,
E quem diz são aqueles que mostraram três cidadãos negros;
Dizem que Afonso Dlakama está importando ideias do Ocidente,
E quem diz são aqueles que trazem frota da EMATUM da Europa do poente;
Dizem que somos iguais perante a Lei,
E quem diz são aqueles que arrestam a prisão seus pares na imunidade,
Dizem que Muchanga ofendeu,
E quem diz são aqueles que atiraram
primeiro;
Dizem, dizem, dizem que…
E vós pensais que eles mentem.
Mentir e’ ser disfarçado, mas eles não o são. Eles são congruentes. É assim
mesmo que eles são: está la toda a sua originalidade. Não e’ que estejam
desvirtuados, são como são e assim dizem o que dizem.
Claro que eles se sentem ofendidos quando vós designais por ‘mentira’ a
maneira deles de ser.
SE VÓS ESPERARDES QUE ELES MUDEM PARA IMPLEMENTARDES VOSSOS SONHOS, ENTAO
DIGAM ADEUS A ESSES SONHOS PORQUE NUNCA UM PAU SECO SE TORNA ARVORE FRONDOSA.
miércoles, 15 de abril de 2015
Filipe Nyusi em falsete.
Falsete e’ um
termo que se usa na linguagem musical. Vem da palavra “falso”. Embora parece um
diminutivo e’ um falso real. Usa-se quando as vozes masculinas graves tentam
imitar as (vozes) de mulheres ou de crianças. (você já imaginou?!)
Ainda não deu três
passos e já se arrependeu da sua primeira glória, a saber, o dialogo com o
líder da RENAMO.
Numa entrevista
aos jornalistas em Gaza, Filipe Nyusi disse: "O povo acha que foi bom termos falado [nos encontros entre o chefe
de Estado e o líder da Renamo], mas, para mim, não foi bom porque não chegámos a conclusões para ultrapassar este
assunto".
O povo acha que foi bom, mas para mim não foi bom. Esta’, aqui claro que há
duas percepções adversas: Povo e Filipe Nyusi. Pelo que transparece há dois
polos e o primeiro deve receber a carga do segundo, neste caso, o universo ao
elemento.
Na mesma entrevista Filipe Nyusi continua: "Nós estamos a fazer tudo
para encontrar soluções para este problema, mas estas soluções não podem violar
a Constituição. Eu jurei defender a Constituição da República".
Apreciações:
1ª - Usando postura contundente: _ se Filipe Nyusi jurou defender a Constituição,
então reponha a verdade constitucional sobre a sua ascendência a presidência e
diga: ‘em nenhum momento a constituição permite que se validem resultados
eleitorais sem os editais dos votos, sendo assim eu não sou presidente eleito’.
e decida entre abdicar do cargo ou convocar eleições antecipadas _ coisa esta
também de que não teria legitimidade, se atermo-nos ao seu legalismo.
2ª - Conta-factos: Filipe Nyusi que jurou defender a Constituição comanda
ataque as hostes da RENAMO em Guija. Um acto anticonstitucional grave.
3ª - Pré-leitura: Nyusi adianta que “não foi bom por não se ter chegado a
conclusões”, conclusões essas que “não violem a Constituição”. O que leva a ele
dar seu veredito “ não foi bom” se nenhuma conclusão foi dada e o processo esta’
ainda em curso (e esta’ sendo atrasado pela Bancada do seu partido no
Parlamento)?
Pode parecer que Filipe Nyusi tentou enganar a Afonso Dlakama. Visto que
este ultimo já estava a portas de concretizar suas promessas, ele procurou
diverti-lo para retardar enquanto se preparava. Se assim fosse, já teria
conseguido e bem, pois ‘Dlakama engoliu a isca’ e o tempo dilatou por tempo
indefinido. A ser este o espirito de Nyusi, poder-se-ia deduzir, com poucas
margens de erro, de que teria preparado a jogada com seu partido e teriam
acordado em remeter Dlakama e sua proposta ao Parlamento de onde seria chumbada
por inconstitucionalidade e deixar DLAKAMA, RENAMO e o POVO arrasados debaixo
da Constituição, enquanto ele e seu partido passeiam a sua classe por cima da
mesma. _ Aqui se poderia enquadrar a morte do visionário Gilles Cistake, que
estava trazendo luz para se visualizar o enquadramento do pedido de Afonso
Dlakama na Lei mãe.
De facto Nyusi foi calculista e sorrateiro. Ao princípio, tudo foi feito
com aprumo humano: o homem que jurou respeitar a constituição saiu sem casaco
nem gravata a procura de seu colega e sentou e conversou com ele em ambiente
familiar para tratar assuntos da nação. Depois de haver consigo figurar como
interessado pelo povo e angariado muitos elogios, partiu para a sua segunda
façanha: arrancar o poder ao seu tutor e artista de sua estatura politica, o
senhor que entrou patrão e saiu pato-rã-reu. Vencida esta batalha voltou a
fazer um ensaio bélico com as perdizes: escamoteou os observadores atentos e
deu o cargo de observação aos seus tios do Zimbabwe e, não havendo quem pudesse
observar, abriu fogo contra seu adversário. Só que: a perdiz não e’ dorminhoca.
Foi depois de uma derrota militar e de afirmação de Afonso Dlakama de que com
ou sem aprovação do Parlamento a proposta se iria implementar, _ depois de
perceber que a sua ginástica poderia não ser confortável -, que cai na conta de
que “não foi bom ter-se encontrado com o Líder da RENAMO”, que não se deixa nem
enganar nem vencer.
A mim já me faz perceber que Filipe Nyusi não tem voz própria e canta como
voz emprestada. Alias Nyusi e’ continuador de Guebuza e seus antecessores, o
construtor do quinto piso desse edifício em que nos puseram a morar desde 1975.
Se não fossem considerações de marco ôntico eu intitularia “FILIPE NYUSI FALSETA”
e não Filipe nyusi em falsete. Nesse caso estaria dizendo que Filipe Nyusi e’
falso e desleal, mas não tenho autoridade de classifica-lo assim.
P.S. Vejo um Filipe Nyusi em pé e aprumado, com os braços erguidos
segurando um livro, “A Constituicao”, o pais a arder, as pessoas a morrerem,
com uma violência brutal e a economia a desmoronar-se. Ele imóvel, defendendo a
Constituição que jurou respeitar.
viernes, 3 de abril de 2015
RENAMO, um arrimo insustentável?!
Arrimo significa
“apoio, amparo, suporte, proteção, auxilio”.
E isso foi o que
a população moçambicana, sobretudo os povos do centro e norte do país
esperavam da RENAMO e de Afonso Dlakama sobretudo depois do desarbitrio de
Satungira.
O partido, e
sobretudo o seu líder, ficou sendo a esperança que alentava o povo na sua luta
quotidiana para a recuperação da dignidade humana e de cidadania que lhe foi
sendo usurpada pelo partido FRELIMO no poder.
Dlakama chegou de
dizer, várias vezes e durante o acordo de cessação das hostilidades, que
defendia os interesses do povo e combatia as assimetrias económicas regionais,
_ e disse que nesse aspeto era válido o acordo.
O povo encontrou
um suporte fiável e um homem forte diante de uma FRELIMO bárbara, assassina,
usurpa-terras, priva-direitos, segregadora, monopolizadora do Estado, … e até
irracional.
Apoiou-o durante
a tentativa de assassinato movida por Armando Emílio Guebuza e seus capangas.
Acolheu-o euforicamente quando saia vitorioso das matas; depositou nele seu
voto nas urnas a 15 de Outubro. Exige que o governe após a evidente fraude
eleitoral.
E isto tudo que
bem abona ao líder também produz efeito em seu partido, mesmo sabendo-se que
seus deputados, às vezes se prostituem com seus colegas de assento
votando em benesses que aumentam o fosso entre as elites e as massas. Aliás, a
confiança está depositada mais no braço armado que nos
parlamentares.
A constante
protelação da tomada de posse do candidato eleito acompanhada de seus discursos
“apaziguador-promissores” já começam a desgastar a “sua gente” e as posições
tomadas são diversas: os mais débeis prometem um desesperado adeus ao líder e
ao seu partido; os que podem usam de críticas abertas; os combatentes se
manifestam impacientes e estão dispostos a soluções do tipo “morra Sansão com
toda gente”; muitos jovens estão esperando por alguma oportunidade de novo
enfrentamento militar para combater contra a FRELIMO.
Se Dlakama e seu
partido não conseguirem sustentar a expectativa, diviso, _queira Deus que eu me
engane_ um porvir acre para a pérola do indico. E esse futuro resulta da
conjugação da intolerância da FRELIMO e da inoperância da RENAMO.
domingo, 15 de marzo de 2015
Política e Dinheiro
Era agosto de
2010. Viajava de Maputo a Pretoria naquela que foi a minha primeira viajem. Uma
viagem que excedera o percurso, pois em vez de chegar por volta das 16 horas, como
havia sido previsto, chegou-se por volta das 19. Outra marca dela é que a
jovem que ia no assento a meu lado fez a metade de caminho banhada de lagrimas,
com choros que preocupavam a todos: aconteceu que ela ia comunicando com alguém,
que pelo que parece era o seu namorado a quem ia ao encontro. Por volta do meio-dia
ela adormeceu e as inúmeras chamadas vindas do outro lado ficaram registadas
como perdidas. Desperta, quis retomar a comunicação e, com certeza que a
resposta não foi das que se esperavam. _ Evitemos magoar as pessoas por mera desconfiança.
Durante a viagem
toda, nos assentos ao lado esquerdo da linha onde me encontrava travava-se uma
conversa entre quatro ou cinco personagens: uma adulta e três ou quatro jovens
dos quais apenas um era do sexo masculino, se não me engano. Aquela dizia que
iria se casar com um tal ministro que lhe prometera grande fortuna e lhe
mostrara uma enorme e recheada mansão por onde iria viver e eles tentavam
dissuadi-la tentando convencer que a riqueza não era tudo na vida. As vezes
interrompiam um pouco e conversavam cortesmente com outros passageiros, (eun
entre eles) e depois retomavam a conversa e tentavam fazer-me participante, mas
eu não percebia o porque daquele todo desentendido, sendo assim que evitei fazer
qualquer intervenção.
Meses depois, já em
2011 pude aperceber-me que aquela “senhora” tinha sido a Chefe da Bancada Parlamentar
da Unita na Assembleia Nacional Angolana e já se tinha casado com o Ministro de futuro promissor.
Mais não disse.
P.S. Qualquer
coisa parecida com esta ‘estória’ pode ser uma mera coincidência.
viernes, 13 de marzo de 2015
Que futuro nos espera?
Pela face que
mostra, sombrio.
Em uma divagação
neste espaço intitulada “ Adeus senhor Dlakama: fiz alusão a pouca
probabilidade de quem arrancou a vitória no campo ter que entrega-la no salão
onde almejava acomodar-se. Aceito a criticas que me fazem sem que contudo
retire o meu ponto de vista: alguém que violentou em âmbito mais perigoso e
arriscado vir a ceder com a presa aos dentes? Só em caso de não haver estado
faminto e a caça ter sido apenas desportiva, o que não é o
caso do que aconteceu apos o 15 de Outubro.
Vim defendendo,
noutras ocasiões que nos fizéssemos alguma coisa para ajudar aojusto vencedor
das eleições passadas a fazer uma reivindicação adequada ao peso da fraude e
isso já esta feito: as massas já manifestaram em quem depositaram sua confiança e deram a cara e
manifestaram sua posição quanto ao futuro deste pais.
‘Amanha, amanha,
amanha, …aneiro , Fevereiro, Marco, Abril, … 2017, 2019,…, ameaças e
reconciliações, elações e contrações’ esta se preparando um retardo muito perigoso para a estabilidade
deste pais. Por outro lado so pro-norte frustrados podem sem uma massa que de
inofensiva pode passar a explosiva uma vez que a contraparte vai afirmando, sem
disfarce seu caracter dominador.
As constantes
protelações da promessa, não desprovidazs de algumas ameacas, por parte da
RENAMO “facilitam” a FRELIMO a preparar a sua defesa, em tudo quanto possa para
manter-se no posto do controle: não poupara nenhum tipo de accao para sua
afirmação.e já estyamos vendo novo tipo de equipamento bélico. A
RENAMO, a excepcao de “pacíficos” como Afonso Dlakama, quereratambem
afirmart-se.
Enquanto uns
exibem a sua nova orientação pro-oriente, o ocidente aproveitara um espaco para
mostrar que “A salvação vem ainda do ocidente”. E o pais sera um campo de
ensaio de novas tecnologias militares. Tal como se fabricavam projetie
perfirantes e massas explosivas para encarar os blindados e tanques russos
agora se pretendera mostrar que a capacidade de defesa tanto do oriente frente
ao acidente e vice versa esta operacional ao mesmo tempo que se tentara
corrigir o que não der certo. Tudo isso num campo onde não seremos meros
expetadores, sim o alvo do ensaio.
Estou preocupado.
Se bem que a provocação vem da FRELIMO a RENAMOM não esta imune de culpa, pois
preparou a FRELIMO dando-lhe tempo para ela preparar-se.
É apenas uma divagação comigo mesmo em espaço
aberto.
miércoles, 11 de marzo de 2015
Vossa Excelencia, foi para isso que adquiriu um título universitário?!
Conhece bem o vocabulário e o formulário do discurso. É mesmo um bom linguista do jeito como emprega as palavras. Sabe de facto como funciona o mundo e suas coisas. Dá para perceber que está “bem preparado”.
Só que mesmo uma criança do colo percebe que vossa Excelência mente. Estou certo de que vossa excelência ouviu dizer que as palavras que pronunciamos emitem apenas 10% (dez por cento _ e não por centos) da mensagem que transmitimos e o resto fica ao cargo do nosso carpo: a energia empregue no discurso, a postura física, a entoação, o movimento dos olhos e dos braços e coisas por ai.
Daquilo que se percebe em vossa excelência, quando aparece nos media é que somente cuida do vocabulário e da linguagem verbal e não se importa dos outros emissores da mensagem de que e gerador e portador.
É dai que quando a sua “turma” aparece tecendo críticas ao ensino e aprendizagem hodierno deixa muito por desejar: para além de ser vossa classe quem contribuiu na manufatura desta mesma educação, a vossa elite não parece muito preparada senão para ser hipócrita; pronunciadora de vereditos “jurídicos” por “conveniência e parentesco”; apoiando execuções sumarias de seus opositores; apoderando-se de tudo o que está a sua volta e, animalescamente, contando somente com seu estomago. Pelo que se vê: enquanto o mundo civiliza, vossa excelência e sua turma, detentora de muito saber é fiel conservadora de um passado desumano e selvagem.
Concluo: Apesar de muito saber vossa excelência mente.
E a mentira é um fardamento andrajoso!
É apenas minha dedução.
in facebook "Makhandazi Makhalela"
Só que mesmo uma criança do colo percebe que vossa Excelência mente. Estou certo de que vossa excelência ouviu dizer que as palavras que pronunciamos emitem apenas 10% (dez por cento _ e não por centos) da mensagem que transmitimos e o resto fica ao cargo do nosso carpo: a energia empregue no discurso, a postura física, a entoação, o movimento dos olhos e dos braços e coisas por ai.
Daquilo que se percebe em vossa excelência, quando aparece nos media é que somente cuida do vocabulário e da linguagem verbal e não se importa dos outros emissores da mensagem de que e gerador e portador.
É dai que quando a sua “turma” aparece tecendo críticas ao ensino e aprendizagem hodierno deixa muito por desejar: para além de ser vossa classe quem contribuiu na manufatura desta mesma educação, a vossa elite não parece muito preparada senão para ser hipócrita; pronunciadora de vereditos “jurídicos” por “conveniência e parentesco”; apoiando execuções sumarias de seus opositores; apoderando-se de tudo o que está a sua volta e, animalescamente, contando somente com seu estomago. Pelo que se vê: enquanto o mundo civiliza, vossa excelência e sua turma, detentora de muito saber é fiel conservadora de um passado desumano e selvagem.
Concluo: Apesar de muito saber vossa excelência mente.
E a mentira é um fardamento andrajoso!
É apenas minha dedução.
in facebook "Makhandazi Makhalela"
viernes, 6 de marzo de 2015
NÓS SOMOS GILES CISTAC!
Nós que
pensamos diferente
Tu e eu que
sonhamos em algo novo
E acreditamos que
este país pode ser melhor
Que fazemos diferença
nesta terra
Gilles Cistac todos
nós somos
O tiro que
trespassou Cistac
Foi projetado
para todos nós
Nós que
optamos pela mudança
Nós que
apoiamos a Revolução
Nós que
mostramos a cara em prol de um novo amanhecer
Matando a Giles
Cistac
Quiseram matar os
nossos sonhos
Quiseram acabar
com a nossa esperança
Acreditaram dar
um “Stop” a nossa marcha
Pensaram pôr um
ponto final ao nosso projeto
Nós,
Giles Cistac
Somos um povo,
Somos um sonho,
Somos uma esperança
E tudo isto não morre
em um segundo
Giles Cistac vai
viver
Enquanto houver quem
sonhe e espere
Giles Cistac vai
viver enquanto existir o projeto
Giles Cistac vai
viver enquanto se reviva a Historia
Giles Cistac
permanecerá em mim, em você para sempre
Giles Cistac
Somos nós
NÓS SOMOS
GILES CISTAC!
martes, 3 de marzo de 2015
Terminal rodoviário norte de Nampula, um crime que a “Natureza” julgou
O novo parque de veículos
automóveis de Nampula, propriedade de um empresário “local” trás a memoria
daquelas situações em que as pessoas dizem: “um dia Deus vai julgar”.
Entre atropelos
das práticas costumeiras e pontapés a legalidade um monstro foi surgindo em
Mutava-Rex. Os habitantes da zona, como que resignados, foram apenas
choramingando aos ouvidos uns dos outro e, quem lá sabe, rogando em segredo que
um defensor de outras esferas os pudesse socorrer. É que: ali, no local onde
está instalado o “Parque Municipal” até a data em que este foi construído se
localizavam os poços de água que garantiam a segurança do precioso liquido
mesmo em tempos de extrema falta sua. Quando os poços das redondezas secassem,
ali se fazia local de encontro sobretudo de mulheres de diversas comunidades
dos confins dos bairros de Namutequeliua e Namicopo. A construção deste
empreendimento cortou de um dia para o outro a certeza de que as pessoas tinham
de que nunca ficariam sem água para beber e, naturalmente, também para o
asseio.
Somava-se com
esta outra tristeza, que, milagrosamente, os “maputenses” ajudaram a salvar-se
dela. Maputenses, em fala local “aMaputo”, que significa oriundos de Maputo,
neste caso concreto são uns técnicos de construção que estiveram construindo o edifício
que fabrica o jornal “A Verdade”, propriedade de um tal Charas. Conta-se que alguns
destes intervieram quando a expansão dos serviços do novo terminal abrangeu o cemitério
local e os cemitérios iam sendo aplanados sem pré-aviso aos familiares dos
defuntos que, de tanto maltratados pelos senhores de grandes posses, não fazem
mais do que resignar-se. “Os Maputenses ameaçaram meter queixa-crime” e o proprietário
e construtor de seu empreendimento, que hasteava duas bandeiras vermelhas de
partido na entrada do ambicioso projeto, então respeitou. O povo agradeceu batente
e isto ficou na memória, pois enquanto restos houverem daquele cemitério memorar-se-á
do seu salvador.
O que é de estranhar
é que o parque nega a funcionar. Estão sendo envidados todos os esforços entre
as autoridades municipais em coordenação com a PRM para garantir o
funcionamento do Terminal Rodoviário Norte, mas continuam água abaixo. Vai pelo
menos pouco mais de um ano em que foi inaugurado e permanece ‘em ruinas’.
Os “injustiçados”
chegam a dizer que uma mão invisível, talvez, lhes tenha feito justiça. É provável
que não passe de uma simples crença e um dia o projecto venha a gartificar os
seus donos, para quem provavelmente, as creancas tenham ficado para a idade do
pau e da pedra, contudo a mera coincidência dos factos não deixa de alimentar
uma “satisfação” momentânea: “houve uma paga para a injustiça” e, como não foi
feita por mão humana, crê-se que seja um ser superior. Dado que na civilização hodierna superior ao
homem só pode ser a natureza, então deve ser ela quem se responsabilizou de
tudo.
martes, 24 de febrero de 2015
E o MDM está perdendo campo em Nampula
Noto-o com muita
tristeza e “anoto-o” para alerta.
Com tristeza
porque os munícipes desta urbe o escolheram como alternância governativa e
esperavam coisas melhores. Recordo-me dos SMS de propaganda eleitoral que
circulavam em quase todos os celulares com os quais os citadinos se convidavam
a ir em massa as urnas e votar na mudança _ creio que mais de metade dos
eleitores foram convencidos via SMS.
Junto a uma
unidade bancaria tive informações de como tinha sido aderida a contribuição para
o “warya wa Wamphula” (Brilho de Nampula). Tive conversas com alguns empresários
que tinham de contribuir de forma disfarçada por medo de serem catalogados “da oposição”
pelo governo da FRELIMO e dai sofrerem tudo aquilo que a ela tem sido reservada
por este mesmo governo: inspecções fantasmas, multas pesadas, e, enfim, todo
tipo de assédio.
Era grande a
expectativa dos residentes da terceira maior cidade do pais.
Sou agora
testemunha do descontentamento que tem estado a verificar-se nas mesmas pessoas
que convidavam a aderir na mudança. Este governo pode correr risco de passar
para a historia com o cognome de “Governo das Demolições”. Não bastou que
aparecesse por primeira vez, depois de tomar posse, a exibir a demolição de instalações
de um parque automóvel de um empresário local: destruir sem prévio aviso ou
criar artimanhas para encontrar ilegalidade nalgum processo, e dai “agir” tem
sido a maneira que mais compensa as suas realizações.
Um governo que não
da direito aos utentes de terra a se expressarem na hora de expropriação: o
director da urbanização no concelho municipal tem na ponta da língua o termo “A
terra pertence ao Estado”. Em seguida diz que a Lei somente permite ao Estado
tudo o que tem a ver com seus trâmites. Esquece-se que essa mesma Lei diz que
quando o Estado retira o cidadão do seu espaço tem que lhe compensar pelos bens
tangíveis e intangíveis, pela roptura da coesão social, entre outras compensações
que lhe devem ser feitas, para além de esse mesmo cidadão ter que ser informado
atempadamente dos instrumentos desse processo de ordenamento territorial. _ Não
sei se aquilo que tem acontecido aqui e expropriação garantida por Lei ou
simples usurpação. Sei que isto acontece em muitos sítios e relatei algum outro
caso gritante, mas aqui pesa mais por ser um governo da alternância que tem
feito isto.
Reportei a
algumas pessoas influentes no MDM dentro do pais e agora faço-o também para o
Kawaria e outros que apoiam a causa do MDM a ajudarem ao seu partido a não cair
em descredito.
Tenho muito a
falar sobre isto, mas evitarei ser alongado demais.
domingo, 1 de febrero de 2015
Poder/ prestígio e sangue
Embora diferentes
os vocábulos poder e prestígio vou considerar como se fossem o mesmo. Alias,
quem ostenta prestigio até certo ponto ostenta poder e ninguém aspira a um
poder sem prestigio.
Aspirar ao poder
faz parte das necessidades dos seres animados e faz-se acompanhar da ambição,
uma necessidade básica e neutra (no elenco das necessidades de Murray). Porem,
tudo o que é neutro e susceptivel a corrupção e a ambição não poucas vezes é
acompanhada pela neurose _ dando-se o caso de ambiciosos neuróticos (disto
tratam os peritos em assuntos da psique e a eles remito).
Quando a necessidade
de poder/prestígio faz-se acompanhada da ambição neurótica, que instiga os
sujeitos a não desistirem sem alcançar os fins almejados é então que se chega
ao derramamento de sangue.
Aqui não me
dedicarei ao/s caso/s do tipo agressão física ou envenenamentos ou outros pelos
quais se pode destruir fisicamente ao adversário. Falarei sim de práticas mais
frequentes, as que consistem em ir a um curandeiro e confiar-lhe a materialização
de tal pretensão. O curandeiro é uma pessoa que tem poderes para fazer
acontecer certos fins, mas estes poderes não lhe são próprios. Geralmente ele
tem um pacto com outros “poderes” invisíveis. Este pacto tem que ser renovado
com certa regularidade. O pacto tem sido selado com derramamento de sangue e
enquanto durar será alimentado regularmente com sangue. Muitos chefes, directores
e outros mais não ignoram o que é ir ao curandeiro seja para ascender ao cargo
como para assegura-lo. O curandeiro exige sempre algo em troca, pois ele também
e exigido com seu “master” espiritual. Quanto mais alto ou prestigioso for o
aspirado mais caro se paga: para quem quiser enriquecer tem que sacrificar alguém
muito próximo. Normalmente, esta escolha faz-se pela aparição de seus parentes
numa espécie de espelho (magico) e a pessoa aponta aquele que escolheu; depois
cabe ao curandeiro fazer acontecer o derramamento de sangue. Quando se trata de
ser grandes empresários, fica-se nalguns casos com obrigação de sacrificar até
os utentes de serviços prestados: uma grande transportadora de passageiros terá
que ir sacrificando seus passageiros uma vez por ano; uma falsa “igreja” ou
mesquita sacrificará algum fiel; um governante o fará a seus governados, todos
com certa regularidade sob ameaça de cessar o pacto e ser severamente
sancionado.
Espero que meus
leitores não olhem a todos os “bem posicionados” como usando este tipo de
procedimento, mas não são poucos os que têm isto como pratica para alcançar suas
aspirações de bem sucedidos. Alerto a seguir que isto tem custado muitas vidas
humanas: tem havido agregados familiares em que determinadas pessoas não conseguem
fazer filhos e viver por muito tempo, porque já estão empenhadas;
transportadoras que fazem anualmente holocaustos de vítimas humanas e
dirigentes com frequentes massacres em seus mandatos.
Não é tudo, mas
poderia ficar muito “aburrido” para si seguir lendo.
jueves, 22 de enero de 2015
Entre a promessa e sua execução
A tensão cresce.
Normal como é a
demora (talvez aparente) na materialização do que foi garantido gera estados de
ânimo diferentes: Há quem já está ficando decepcionado e balbucia o “Adeus”; outros
estão perdendo lentamente a esperança de ver materializado o prometido e, aos
poucos, se vão conformado; outros ainda tentam pressionar para ver se há sinceridade
nessa coisa de governo diferente do já empossado… do outro lado, os defensores
do regime sentem-se folgadamente vitoriosos e acreditam que já não há mais
passos para o adversário se não a rendição, e voltam aos habituais insultos, se
bem que nem todos curtem a mesma convicção.
A tensão inicial
do pós-eleitoral está fragmentando e segmentando-se, sem que isso signifique
que seu potencial esteja extinguindo-se já que do futuro de nada estamos
certos.
Algures, numa antiga base que há bem pouco
conservou a esperança de ser um centro de assentamento para a reintegração de “efetivos
residuais”, entre ditos e factos, o cenário começa a ser preocupante. Os homens
que ali esperam sei la de quê que lhes foi prometido vão transbordando até a
aldeia, que não está muito longe da base e junto a estrada nacional cognominada
“espinha dorsal”.
São vários os
relatos dos seus feitos e tudo faz concluir que estejam a ficar saturados de
espera tao prolongada e, por isso, extravasam. Quem já os conheceu em tempos de
guerra não fica sossegado e de boato em boato os moradores têm, de vez a outra,
preferido pernoitar nas matas.
O tempo vai
passando, tudo parece permanecer na mesma, mas todos temos a convicção de que o
problema não está resolvido. E quem pode estar sossegado?!
martes, 20 de enero de 2015
As fraudes e as cheias
Acabava-se de
sair das eleições gerais e presidenciais de 1999.
Sua transparência
tinha sido muito duvidosa e muitos criam que o empossado não tinha sido o
vencedor.
O dito derrotado reclamava
sua vitoria e, com ele, uma enorme massa de não apenas partidários senão também
muitos honestos.
O regime manifestou-se
comunista da linha de “Mao” e demonstrou que eliminava quem o protesta. Dos sanguinários
todos temem. O problema ficou resolvido.
E, a seguir,
houve cheias como nunca tinha ouvido falar em tempos de minha idade. E as cheias
fizeram suas vítimas. _ Se o regime as fez no norte estas no centro e sobretudo
no sul. Diz-se que alguém, por sinal da parte do prejudicado, teria dito que de
castigo de Deus se tratasse. Insulto que irritou os sulistas. Se Deus castiga
ou não castiga os humanos nisso divergem.
Quase década e meia
depois a historia se repete: eleições contestadas, tomada de posse de “pseudo
vencedor”, multidões de trás de um “derrotado” aclamado e proclamado pela
maioria e ignorado pelos Agentes do Direito; movimentos de civis do lado de um
e carros e armas “ás ordens” do regime. Para além de Chitima, de que estamos condoendo
estão para proporcionar-nos mais luto? Não gostaríamos e se vier a acontecer
quem tem a culpa é o ladrão (se existe). Antes que isso aconteça as cheias já se
anteciparam ao ciclo vicioso com suas desgraças.
Se, como repetiu alguém
bem por estas datas, “as cheias são castigo de Deus”, então aquele que foi em
farsa investido que use de bom juízo, tema o castigo e se recolha, pois se de
Deus vem o castigo o desta vez será pior! Se daquela vez chegou-se até Nyimpine
desta, o imprevisível.
Talvez Cheias,
Fraudes Grossas e Eleições Viciadas façam parte de um mesmo ciclo e dai
prenda-se que Deus não castiga.
jueves, 8 de enero de 2015
A Nação Moçambicana deixou de existir
O Pais já se foi
embora. Desapareceu o sentido de Estado.
Moçambique já não
é o pais dos moçambicanos. Não existe Estado como garante do bem-estar dos cidadãos
moçambicanos. O que era pais virou covil de ladroes: um punhado de seres que
deixaram de ser humanos pelas suas barbáries. Esse bando que usa as pessoas e
os bens dessas pessoas para seus instintos estomacais. Ludibriam-nos a ir par
as urnas e depois fazem dos resultados um tapete para os seus pés, se e que os
têm.
A emoção impede-me
de continuar: estou chorando pela vitória “arrancada” ao povo. Se nos arrancam nossa
vitoria que mais nos resta? Que não farão de nos em seguida?
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