"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



sábado, 9 de julio de 2016

Impacto da tolerância zero na inspeção de veículos


Tomemos poe exemplo um professor ou um policia de proteção que conseguiu comprar uma viatura para se deslocar ao serviço _ e claro que estes não adquirirão um carro em primeira mão (se for em terceira, ate’ serão suspeitos).
Este funcionário agilizara pra si, e talvez pra alguém mais, a dificuldade de transporte.
Ele tem que circular em estradas péssimas para ir e vir do local de trabalho _ já tem aqui um constrangimento.
Agora seu salario nem sempre chega a hora e, às vezes, tem que apertar o cinto ate’ quase se cortar.
Adicionado a isso, já leva consigo a amargura de suportar uma divida que alguém contraiu e lhe imputou: queira ou não, deve paga-la.
Mais ainda, mesmo sabendo-se que a maior parte de acidentes rodoviários e’ devido ao erro humano, as sanções de inspeção são rígidas nas condições de periferia como o vidro lateral raspado. Este proprietário de viatura vai somar a angústia de pensar que sua viatura vai chumbar na inspeção por uma coisa de nada.
Como se tudo isso fosse pouco, vão exigir que este funcionário seja rentável.
Uff! Quem não estoirar: só porque você sabe que eu tenho carro, vai me obrigar a andar em estradas esburacadas, cheias de poeira e gravilha, chegar ao local de trabalho pontualmente, ficar o dia sem lanchar (porque não da’ para isso), descontar do meu misero salario pra pagar a tua divida; pensar no polícia de trânsito a caminho de regresso a casa; pensar no chumbo da minha viatura na Inspeção, e no fim exigir-me que eu renda a cem!
Chumbar uma viatura porque tem vidro raspado e’ um absurdo olhando para as condições das nossas rodovias e nossas posses. Talvez tenha sua razão de ser onde o Estado pretira a paternidade e se engaje no “faz de conta”: um Estado de fachada!

domingo, 3 de julio de 2016

Inspecção de Veículos,


Um mal a acrescer muitos outros que já temos?!
O simples facto de estar-se usando equipamento com tecnologia de ponta nas estações de inspecção enquanto as oficinas de que o pois dispõe não têm esse equipamento já’ e’ bastante risonho: o mecânico que faz a manutenção da viatura testa-a a olho nu e o certificado de circulação vai ser passado depois de um teste de precisão cibernética.
O agravante de tudo isso e’ que, segundo informações de um funcionário de uma das instalações de inspeção, vieram ordens do topo para que se seja rigoroso e se chumbem as viaturas ate’ por simples risca no vidro lateral.
Ora, quem obriga o desde há muito carenciado cidadão a circular em estradas esburacadas, o mesmo que ate’ agora não montou fabrica de carros nem ao menos de seus acessórios, quando viu que mesmo assim o cidadão conseguia adquirir carro, voltou a obriga-lo que passe por teste apurado para circular em péssimas rodovias e ao ver que ainda se conseguia “maneirar” ordena que se afine ainda mais o método de chumbo, numa altura em que, talvez por culpa deste mesmo mandante o cidadão esta’ já de pescoço pendurado por não poder aguentar mais com o custo de vida!
Afinal de contas, quem deve a quem?

lunes, 27 de julio de 2015

Mais uma vez, "a FRELIMO e' que fez"!

Ai vem a Desobediencia Fiscal. Ja' esta' sendo justificada pelo escandalo da EMATUM: os seus mentores dizem que vao deixar de pagar os impostos enquanto nao se esclarecer o caso.

lunes, 1 de junio de 2015

Por detras do PROSAVANA


Era ainda de manha quando o homem pediu licença, já la’ no quintal.
Apenas tínhamos acabado de nos saudar e metemo-nos em rol de conversas que pareciam ordinárias. Mas não tardou a ir para o assunto de seu interesse: “O PROSAVANA esta’ chegando e convido-lhe a fazer parte”.
Não me apercebi, ao princípio, para onde me estava levando e de imediato lhe disse que essa coisa estava sendo contestada por falta de transparência na sua apresentação. E foi mesmo aqui que chegamos ao verdadeiro teor da conversa: as Revelações de viva voz de quem esta’ la’ metido.
O homem começou por tentar-me convencer que deixasse acontecer (como se eu constituísse algum impedimento) e que isso traria grandes proveitos.
Quando insisti que faltava clareza, então ele começou a emocionar-se e disse: “Entendam que o PROSAVANA como tal pode não acontecer, mas a ideia esta’ la’: essa e’ uma maneira de tirar dinheiro aos brasileiros e esse dinheiro tem que vir!”
Questiuonei-lhe sobre o verdadeiro ganho dos camponeses abrangidos. Ele contornou a pergunta e voltou a insistir que o que queria e’ que as coisas começassem a acontecer. Depois disse:”Eu estou la dentro, metido, e quero que esse dinheiro venha. E, para tu saberes, ‘esse ideia há-de se implementar. Não e’ por acaso que na Direção Provincial de Agricultura de Nampula esta’ posto o (usou um apelido que não recordo) como director e o Zucula na área de implantação do PROSAVANA. Esta dupla, de Inhambane, sabe sugar dinheiro. O Zucula tem perícia nisso”
_ Zucula, por acaso, o nosso antigo homem do INGC? _ Perguntei.
Que’ disso? Outro Zucula. Eles são muitos, mas este de que lhe falo e’ alguém que lhe garanto que sabe tirar dinheiro, e nós queremos esse dinheiro. Já lhe disse que faco parte. E’ pena que grande parte do bolo ira’, com certeza com os manhambanes, mas, que fazer, deixe acontecer. _ Respondeu-me.
_ Eu temo que aconteça com os camponeses afetados como aconteceu com os oleiros de Tete: desalojados, mal assentados e ignorados. _ Disse-lhe
_ Essa vossa ignorância! Tinha razão o saudoso presidente cessante quando dizia que a pobreza dos moçambicanos era de mente. E’ preciso estudar. Então hão de saber que o dinheiro não vem, tem que ser tirado de algum lugar. E nós queremos tirar esse dinheiro dos brasileiros. Eles sabem de onde o irão buscar: do FMI, do Banco Mundial e/ou de outras instituições financeiras.
Eu: _ Quer me dizer que os que contestam ao PROSAVANA são analfabetos?
Ele: _ Ainda que isso não sejam, ignorantes não deixam de ser. Se não sabem que o dinheiro tem que ser trazido que mais pensam que sabem. Eu já disse: “quero o dinheiro do PROSAVANA. Estou la dentro”.
Nunca tinha pensado que aquele aparente amigo, que se gaba de antigo combatente e alta individualidade na guarnição presidencial, que muito gozara de meus prestamos (prestamos de um pacato cidadão) pudesse tratar-me de jeito tao desprezível. E’ claro, eles ufanam-se de uma vitória arrancada. E eu, tal como o meu povo, já deixamos de ser gente: se não conseguimos reivindicar o que ganháramos honestamente que outra saída temos?

viernes, 15 de mayo de 2015

Pacifismos infantis


Não são poucas as vezes que me deparo com pronunciamentos do tipo: “Em nome da Paz, deixa as coisas como estão”.
Mas como estão as coisas não garantem a sustentabilidade da Paz.
Estamos justificando um grande crime em nome da Paz.
A paz não e’ apenas o calar das armas. A Paz exige um compromisso sério com a verdade, a justiça social e o equilíbrio fraterno.
Do jeito que se esta’ tentando justificar a situação não e’ diferente de obrigar uma mulher a permanecer num lar onde sofre maus tratos só para assegurar algum ganho económico _ a pessoa e’ mais que o dinheiro.
O que essas pessoas estão fazendo e’ aumentar a instabilidade e a violência pondo assim em perigo a mesma paz que dizem querer manter aconselhando uns a ser subjugados por outros e instando multidões a acocorar-se diante da agenda obscura de um punhado.

Se queremos a Paz devemos seguir pelo caminho da Paz!