"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



domingo, 7 de octubre de 2012

Por isso é que todos querem ser chefes!

Há um povo sem lideres onde a maioria se intitula de “autoridade” por estar tendente a mandar que a obedecer. Todos querem ser tratados por  chefes e não qualquer chefe. À rua o policia é chefe; no bairro todos são chefes;…
E o são para não suarem com e como os demais, mas usufruírem acima de todos os outros; o são para fazerem o que lhes apetece sem que alguém lhes pergunte; o são porque, por aqui, ser chefe é sinonimo de ser dono. E são donos de tudo até das propriedades privadas dos outros, até dos bens do Estado. E são donos das leis que as interpretam a seu belo prazer quando não conseguirem fazer passar a gosto aquando a sua elaboração.
Esses nossos chefes e donos já são mais do que esperávamos que fossem e criam sérios problemas aos cidadãos e ao Estado. Estão desalojando comunidades de seus habitat com o simples pronunciamento de que tudo foi decidido pelos chefes lá de Maputo.
São chefes subordinados do presidente do Concelho Municipal, mas que fazem muito ao contrario do por ele estipulado e dizem faze-lo em nome dele; noutras vezes o são e fazem isso com o administrador distrital a quem enviam um “relatório” dizendo estar tudo muito bem.
E o povo vai se afastando dos seus lideres porque todos são chefes e, mais ainda, não tem por onde meter a queixa porque só poderia fazer com os chefes, que já não são lideres fiáveis e vai ficando pela marginal e vai sabotando onde e como pode, pois os chefes nisto lideram. Se um dia puder queixar é quando a coisa tem proporções alarmantes e pode criar muito barulho e mexe com uma grande constelação, e para evitar que cheire a podre então se enviam  “porta-vozes do Estado”  para falar da questão e estes defendem o bom nome de alguns senhores grandes chefes e porque o pacato cidadão não tem armas nem policias para enfrentar seus opositores mas quer viver então vive debaixo dos chefes e por eles pisado. Dai surgem as três classes: a dos grandes chefes que são mas não são, a dos chefes inquilinos que fazem o que querem e jogam de permeio e a dos acocorados para viver porque tem vida e querem viver.
Os chefes falam da revolução verde os acocorados nunca ouvem falar disso e os pseudo-chefes ocupam as nascentes dos rios para construírem terminais rodoviários alegando ser projecto do Estado, isto é, a mando dos chefes.
E quando nós falamos disso nos conotam de oposição e nos consideram seus inimigos.