"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



jueves, 19 de diciembre de 2013

Divagando em “Pais onde ‘não há Guerra”


O comendante de uma companhia desabafa em conversa amiga:
Comandante: Sabe?, a coisa não anda bem.
Amigo: que coisa?
C_ Esta Guerra. É das mais dificeis.
A _ Poderia esclarerer-me?
C _ Você sabe que estou afecto em Cuamba desde que nos separamos. Agora vim a Nampula de passagem ao Centro para reforçar o efectivo militar ali em operaçoes. Ja teria avançado, mas quando cheguei, houve os acontecimentos de Rapali/Caramaja que fizeram com que eu permanecesse aqui esperando ver como se desenvolveria a situaçao, por aqui.
A _ você esta ansioso em prosseguir?
C _ Antes pelo contrario, …  estou em apuros.
A _ Apuros?!!!
C _ Deixe-me dizer-lhe uma coisa: os jovens militares que me foram afectos são tão abertos que me dizem de caras e a frio que, se lá formos, eles não se envolverão em combates. Segundo eles, irão deixar as armas e o fardamento comigo e eles sumirão.
A _ Para onde?
C _ Regressarão.
A _ São conversas de homens reunidos para fazer passar o tempo.
C _ Nada disso! … o meu colega, tambem ido desde Cuamba, passou por uma situaçao dessas. Os soldados deixaram o fardamento e o armamento e se foram sem deixar rasto.
A – Que falta de seriedade!
C _ Olha, eles são muito claros ao abordar o assunto: dizem que não estãao dispostos a morrer por uns dois mil meticais. Talvez por uns sete mil, como os da FIR, pudessem arriscar a vida.
A _ (com um tom alterado, meio sorridente): São brincadeiras!
C _ Que brincadeiras: todos eles usam sua veste civil, debaixo da farda, como que dizendo que a qualquer altura estão dispostos a partir.
A _ E qual é a postura deles frente ao dever patriotico?
C _ Eles, pura e simplesmente dizem que não sabem por que estão sendo sacrificados.
A _ E você.
C _ Ordens sao ordens. (Baixa a cabeça, fica um tempo de silêncio)

lunes, 25 de noviembre de 2013

E MDM aprendeu a conhecer a FRELIMO.




Já se foram os dias de campanha.
Creio que já não será com toda a energia que os do Movimento Democrático de Moçambique seguirão gritando: “A Vitoria Conquista-se nas Urnas”(nada de sangue).
Não digo que não a tenham conquistado pelas urnas, mas… Talvez a RENAMO saiba e bem que a FRELIMO é sedenta de sangue.
Ficarei atento ao curso discursivo da Florescente Oposição Jovem de Moçambique.

Um conselho am igo: “Os velhos são mais experientes nos seus assuntos”!

miércoles, 23 de octubre de 2013

Somente a FRELIMO é pela guerra


Os moçambicanos em uníssono repudiam a actuação belicista da FRELIMO e do seu governo.
De todas as partes vem um grande não a actuação do partido no poder e do seu governo, excluindo alguns sequazes que, desde Maputo, gostariam que Afonso Dlakama fosse morto para, como dizem eles, acabar com o problema (mas são pouquíssimos e divergem com a linha geral dos moçambicanos).
Esta mais do que claro que a FRELIMO, como partido e como governo deixaram de representar os interesses e a vontade do povo moçambicano. Curiosamente:
_ Entrincheiram-se no cumprimento da Lei enquanto eles a violam em grande;
_ Dizem-se pela Paz, mas são eles que promovem a guerra: importam armas equipamento bélico, hostilizam seus opositores para depois os atacarem;
_ Dizem-se pelo diálogo e criam condições para que não haja cordialidade nas conversas, apenas criam sessões de recreação e diversão;
_ Dizem-se cultos mas não sabem distinguir entre partido e Estado, missão do Exercito e missão da Policia.
_ Em lugar de aceitar rever o que não esta sendo implementado dos Acordos Gerais de Paz de Roma impõem a desmilitarização da RENAMO e, como era previsível isso estava em vista a acabar com o líder do maior partido da oposição, como ficou demonstrado no ataque e assalto a Satungira.
_ O pai do governo das boas intenções, depois de uma grande investida militar, diz-se pautar pelo diálogo e convida a sua vítima a comparecer a mesa das negociações, _ que a justiça lhe venha de Outro Lado.
O ataque a Satungira foi premeditado, preparado e implementado: houve uma etapa de aquisição de material bélico, outra etapa de preparação das investidas, outra mais de consciencialização das massas e mais uma outra de uso de causas imediatas. A ultima etapa consistiu em ataques atribuídos a RENAMO, mas que este nunca os reivindicou.
Agora ninguém duvida que a FRELIMO mente: na manha da segunda-feira, 21 de Setembro alguém reportava um cenário eminente de guerra em Gorongosa com estas palavras: “A situação e alarmante: muitos militares com fardamento novo, equipamento novo, alguns dos quais aparentam ser estrangeiros, pois não sabem falar português, carros de combate e outras viaturas em quantidade desusada, bombas esgotadas de combustível, … pude prever então o que aconteceria nas horas subsequentes e só esperava notícias confirmativas. E, de facto, as 15,00hs do mesmo dia, aconteceu.
O presidente de um povo que chama “maravilhoso”queria sair da terra da oposição com o troféu triunfal: a cabeça do inimigo exibida em público para mostrar sua heroicidade e saciar sua sede de glórias, _ talvez da próxima_ mas, como muitas outras vezes, a sorte lhe escapa.
Para quem está fora de Moçambique: apoiar a FRELIMO no que seja é estar a contribuir para a degradação da vida dos moçambicanos.


domingo, 29 de septiembre de 2013

O ASSALTO A RESIDENCIA DO PROPRIETARIO DO BLOG "Africa Stand Up"


uma da madrugada do dia 18 de Setembro um forte efetivo de presumíveis ladroes em calada da noite se cerca a propriedade onde se encontra residindo, em Nampula, o dono do blog Africa Stand Up. Apercebendo-se de presenças estranhas alguém avisa a Dolores passava algo raro no quintal da parte de trás. Desperto, faz desde a janela uma sondagem e se fazia ouvir um murmurio baixo mas de muitas vozes.
Quis alerta-los que estava desperto e então começou a batalha: uma ordem foi dada para se apertar o cerco o mais rápido possível e não deixar escapar. Um homem vestido a preto e com uma catana fez-se debaixo da janela do quarto onde ele se encontrava em quanto outros _ alguns adolescentes _ corriam contornando o edifício. Enquanto isso, as portas iam sendo estrondosamente arrombadas e partidas (par aquelas que não se abriam facilmente). La dentro do claustro, apos terem entrado era grito por aqui e por ali: "onde esta', para onde escapou. A casa foi vasculhada o mais rápido possível. O quarto passado a pente fino, papel espalhado, tudo examinado. Electrodomésticos foram poupados, a excepção dos que fossem novos ou não comuns na praça. Tudo que tenha a ver com informatica e maquinas de filmar e fotográficas foi dos alvos preferidos. Dinheiro, isso e' o que provavelmente buscavam foi caçado e levado.
Vinte minutos depois de term saído a policia, que tinha sido solicitada logo apos os primeiros sinais da presença de gente estranha, se faz presente: lira e retira-se.
Deus fez-se presente no lugar, pois só por milagre ninguém, dos ocupantes da casa, foi localizado!
Eu estava la', ouvi tudo o que falavam, vi alguns deles!

domingo, 8 de septiembre de 2013

Mutilações dentarias, um problema de saúde de que ninguém faz caso

Organizações e individualidades há que se dizem preocupadas com questões de saúde e tão preocupadas que até se assanham a questões que têm a ver com componentes culturais e/ou costumeiras como tatuagens ou incisões no rosto ou outras partes do corpo, mas que não são muito preocupantes em sua incidência na saúde do corpo. Preocupante para mim é que não falam nunca de uma pratica que é comum nas unidades sanitárias do terceiro mundo: a extracção de dentes. Um odontologista desabafou dizendo que aquilo é uma mutilação e se ele faz é porque sente-se obrigado, mas o normal não seria extrair-se o dente sempre que tenha problemas. Segundo ele o dente teria que ser tratado convenientemente e só cairia na velhice. Dentre outras consequências que ele se referiu sobre um dente extraído é a susceptibilidade ao desequilíbrio dos outros laterais _ não quero mencionar muitas outras uma vez que acredito sabidas pois dificilmente haverá quem não tenha alguém com dente extraído entre seus parentes e/ou relativos.
Diz-se muito caro tratar de um dente: um mínimo de 500,00mts (ao redor de USD 17,3), e de facto é caro.
No entanto há coisas bem caras e de pouca utilidade em que as organizações e pessoas se ocupam: são caras as despesas militares; é caro o conforto e o laser dos camaradas; são caras as manobras para recuperar os territórios em mãos da oposição; caro o vencimento mensal dos PCAs das empresas públicas ou comparticipas pelo Estado; caríssimo e pesado a presença de multinacionais que operam, aqui, com incentivos fiscais. Com o dinheiro provindo da contribuição fiscal destas últimas se sanearia todo este problema (de falta de “kits” para “chumbar” os dentes – solução adequada para tratamento de dentes) e muitos outros, e ainda nem seriamos mendigos eternos para o Orçamento do Estado.
De muita coisa fútil muita sensibilidade; de coisas sérias nem sequer interesse: Onde estão os que têm a obrigação de garantir o bem-estar do cidadão? E essa gente que combate contra tudo o que é problema de saúde do corpo humano (até lutam contra a pratica de ritos de iniciação) porque não faz menção disto? Se é mesmo por ser caro o tratamento, porque não conversam com aqueles que são patrões dessas multinacionais que operam aqui e os sensibilizem a contemplar o caso nas suas responsabilidades sociais?
Será tão caro como não chegue para ser coberto com o custo da madeira que sai daqui para o exterior? É para não mastigarmos a carne que nos vai proporcionar o PROSAVANA?

Se houvesse consciência clara disso ao menos se fariam campanhas ou programas de sensibilizacao sobre o problema que isso e, e, porque não, inclusive nas  presidências abertas _ de onde poderia se retirar algum helicóptero e o dinheiro poupado ser empregue nesta área, mesmo que apenas fosse para mostrar boa vontade. 

jueves, 22 de agosto de 2013

É Zambézia um outro Estado dentro de Moçambique?

Que eu saiba os agentes autorizados a fazer a fiscalização regular do tráfego rodoviário são os membros da polícia de trânsito _ não que os outros não possam fazer, mas com motivos justificados. _ Lá, do outro lado do rio não é assim. Refiro-me concretamente na margem do rio Ligonha, distrito de Gilé, posto administrativo de Alto-Ligonha. Há lá dois constróis junto  a estrada nacional Centro-Nordeste. Há anos atrás viajei a Zambézia e sempre que passasse por rio Ligonha, na margem leste me advertiam os agentes da Policia de trânsito da província de Nampula: Cuide-se, está indo para Zambézia, ali as coisas são diferentes, mas nunca levara aquilo a sério, considerava apenas coisa de cortesia ou similar.
Há bem pouco tempo ouvi falar de que as coisas estavam demais no posto administrativo de Alto-Ligonha, mas pensei serem exageros das bocas e línguas de quem quer dizer mais ou ser mais ouvido. Agora não é coisa de ouvidos: lá estive há bem poucos dias. Fui desde a província de Nampula em missão de socorro. Não faltou a cortesia dos agentes policiais no posto policial do rio ligonha no lado de cá. A ida o tráfego era intenso e haviam veículos com que se entretinham os famosos e temidos agentes policiais afectos ao posto de controlo de Namuaca, um povoado pertencente a localidade de Namirreco, posto administrativo de Alto_Ligonha, distrito de Gile, província da Zambézia, onde se localiza o desvio rodoviário que acede a sede do distrito passando por Muiane, uma famosa localidade, fama essa que lhe vem dos recursos do subsolo: ouro e pedras semi-preciosas. 
A missão tinha sido bem sucedida: consistia em levar uma rótula de uma viatura avariada em um cortejo fúnebre.
Era o momento de regressar. Duas das ocupantes dos assentos de viatura que iam comigo balbuciaram: “Os polícias”. Para mim era coisa de pouco interesse, mas o haviam dito com conhecimento de causa de tanto transitar por ali. A estrada estava com uma única viatura a transitar nos dois sentidos. Um agente da FIR (a farda usada é que me faz com que assim o identifique) sai do assento onde se encontravam quatro agentes policiais e põe-se ao centro da faixa com ar sério e manda parar, mas fê-lo sem dar a continência, com toda uma informalidade. Ao lugar indicado parei. Outros dois vieram com todo o peso de gente preparada para agir sem mais: um outro agente da FIR com arma empunhada põe-se de frente da viatura, um terceiro, envergando uniforme azul-escuro fica do outro lado da viatura ficando a pequena Toyota Litz ladeada de policias como que em missão combativa. Quis saber do que me havia feito parar e apenas olhei para ele disse para mim: “ O chefe”. Pensei que referisse ao agente da polícia de trânsito, que perfazia o número quatro, mas este tinha se afastado logo que o seu colega se fizera ao centro da estrada e fez como quem ia ao sanitário. Lancei o olhar para ele, estava a não menos de trinta metros e nem sequer olhava para o lado da estrada. Voltei-me de novo para aquele que me fizera parar e perguntes-lhe o que se estava passando. Olhando de novo do outro ele diz: “Sim chefe”. Quando quis saber de que chefe se tratava vi que de lado da frente o homem armado estava fazendo alguns registos da viatura; da janela lateral frontal o homem vestido a azul-escuro estava bem encostado lá olhando sério para a ocupante. Eu também olhei para ele e ele afastou-se. Quis de novo saber do que me havia feito parar e ele diz: “O chefe disse para irem”. De que chefe é que eu não sei:O Agente da policia de transito continuava distante e ás costas. Tranquilizei as pessoas que iam comigo e disse “Por causa das ocorrências de Muchúnguè e Satungira eles estão de alerta”., mas não deu para convencer aqueles que tinham passado por ali várias vezes. Antes afirmaram ao contrário: “Aqui é assim, esperavam que tirasses dinheiro só que notaram que o caso era diferente. Quis ainda justificar dizendo que se fosse o caso seria o agente da polícia de trânsito a mandar parar e, para grande surpresa, fiquei sabendo que habitualmente são os agentes da FIR que mandam parar as viaturas. Isto mudou de imediato o meu discurso e pensei em accionar em mecanismos para encaminhamento imediato do caso, mas a rede telefónica não ajudava. A distância para os níveis altos de intervenção era enorme: Namuaca fica no outro extremo da Zambézia. Os superiores hierárquicos de nível imediatamente superior muitas das vezes são comparsas dos desmandos de seus súbditos por vários motivos.

Ou estamos em guerra e não em paz e para isso se justifique o empunhamento da arma tratando com um cidadão civil ou a Zambézia é um outro Estado que não se rege com as normas em vigor em Moçambique ou o saudosismo por Samora Machel também trás saudades que levam a dramatização do que se passou naqueles tempos em que, povoados de forças de defesa, os constróis eram postos de espólio. Ou de uma vez por todas se acabem com incompetências profissionais. A quem de direito o meu apelo!

sábado, 17 de agosto de 2013

estacionados ao sol... Pelo sim pelo não mais vale não ignorar..


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POR ESSAS E OUTRAS É QUE, ÀS VEZES, PESSOAS SÃO ACOMETIDAS DE ENFERMIDADES GRAVES E NÃO SABEM A CAUSA.
 E nem se dá conta.....Olha o risco!
 Presta atenção!!! Isto é importante! 

Um carro estacionado na sombra durante um dia com as janelas fechadas pode conter de 400-800 mg de Benzeno. Se está ao sol, a uma temperatura superior a 16º C., o nível de Benzeno subirá a 2000-4000 mg, 40 vezes mais o nível aceitável...
                     

A pessoa que entra no carro, mantendo as janelas fechadas, inevitavelmente aspirará excessivas quantidades desta toxina.·
O Benzeno é uma toxina que afecta rins e fígado. E o que é pior, é extremamente difícil para o organismo expulsar esta substância tóxica.

Ar condicionado ou ar simples dos  Automóveis          
                  
O manual do condutor indica que antes de ligar o ar condicionado, deve-se primeiramenteabrir as janelas e deixá-las assim por um tempo de dois minutos,porém não especifica "o porquê", só deixa entender que é para seu "melhor funcionamento".
                     
Aqui vem a razão médica:

De acordo com um estudo realizado, o ar refrescante antes de sair frio, manda todo o ar do plástico quente o qual liberta Benzeno, que causa cancro (leva-se algum tempo a dar conta do odor do plástico quente no carro). Por isto é importante manteros vidros abertos uns minutos.

Por favor não ligar o ar condicionado ou simplesmente o ar, imediatamente ao se entrar no carro.
Primeiramente deve-se abrir as janelas e depois de um momento, ligar o ar e manter as janelas abertas até uns minutos.


Além de causar cancro, o Benzeno envenena os ossos, causa anemia e reduz os glóbulos brancos do sangue.

Umaexposição prolongadapode causar Leucemia, e incrementar o risco de outros tipos de cancro.
Também pode causar um
 aborto. O nível apropriado de Benzeno em lugares fechados é de 50 mg/929 cm2. 

Assim, por favor, antes de entrares no carro, abre as janelas e a porta para que o ar interior saia e disperse esta toxina mortal.
Reencaminha, é muito importante.

jueves, 4 de julio de 2013

RETIREM DE SATUNGIRA ESSES HOMENS...

Retirem de Satungira esses homens armados da FIR e das FADM e deixem Afonso Dlakama deslocar-se a Maputo para encontrar-se com o Presidente da Republica e conversarem sobre a Paz em Moçambique.
Retirem -nos já ou entao va o Senhor Armando Emilio Guebuza a Gorongosa encontrar-se com o Presidente da Renamo.
Não queiram tardar mais, pois quanto mais tarde mais complicado e mais oneroso. Se e que querem conversações o tempo é este. Tardar é mais uma manobra para turvar o processo, derramar mais sangue e buscar bode expiatório. _ Disso já basta!
Temos memoria e suficiente e bastante do caso Montepuez onde por uma pequena exigencia de uns negada pelos outros o sangue de nossos irmaos foi derramado.Nao estao longe os casos de pequenos desentendimentos que banharam o pais de sangue. Basta de derramar sangue e semear oportunidades de luto!
Retirem-nos ou ide ja a Satungira!
Ir por paz e pela Paz. Ir e falar: Falar de paz em clima de paz.
Se sois sérios e levais a serio a questão ou retirai a ameaça de segurança do outro interlocutor ou ide ao seu encontro já que tendes toda a vossa segurança ali montada!

viernes, 28 de junio de 2013

Quando a FRELIMO massacra todos devem calar-se, …



Vem-me sempre a mente as mortes provocadas na cadeia de Montepuez pelo partido FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder em Moçambique: não poucas dezenas de “Xincondos”, enterrados em vala comum; mortes planejadas para exibir poder e dar de manifesto que aqui ninguém manda nem piam. Mortes outras em Nampula, … mortes todas provocada pela FRELIMO e por ela imputadas a RENAMO para confundir a opinião pública; mortos cujas famílias foram insultadas quando levantada a bandeira a meia haste evocando-se luto nacional para chorar os simpatizantes e membros do partido RENAMO a quem se disse que foi a RENAMO que matou (presos pela policia da FRELIMO e introduzidos numa cadeia onde nem eram visitados e bem guarnecidos pela mesma policia que as prendeu para no fim dizer-se que foi a RENAMO que os matou).
Nunca cairão no esquecimento os Heróis difamados: Uria Simango, Lazaro Nkavandame, Jaona Simeao e outros, alguns dos quais diz-se terem sido mortos porque se opunham a projecção de instalação de lojas do povo, _ um ensaio que produziu nada e mais vergonha. Na lista vão muitos outros como o jornalista Carlos Cardoso, do comandante Issufo (de quem muita memoria me fica dos momentos em que juntos interagimos) e outros mais nos nossos tempos _ aqui ficou difícil buscar bode expiatório porque no caso Carlos a verdade veio de cima: os autores materiais do crime confessaram quem foi o mandante: foi de dentro do palácio.
Não houve espaço para protesto de repúdio a essas acções porque a máquina repressiva estava montada, equipada e bem-disposta a fazer mais vítimas.
Quando morre um membro da RENAMO não é uma pessoa que morre, não é um moçambicano que deixa de existir é apenas um membro da RENAMO.
A vandalização das sedes da oposição deixa bem claro que a FRELIMO não esta disposta a conviver pacificamente com qualquer alternância política. Em postagens anteriores venho falando de como o partido no poder e o seu governo têm sido os causadores da instabilidade sociopolítica e de ameaça à segurança e a paz em Moçambique. A situação está de mal a pior: efectivos do exército estão sendo mobilizados para o centro do país, para resolver militarmente uma simples questão: o pacote eleitoral do qual a RENAMO propõe apenas uma simples revisão. Faz-se necessários contingentes militares e policiais, carregamentos de material bélico e avultados custos de manutenção de tudo isso para resolver essa questão? Fazia-se necessário uso de força bruta e massacre de centenas de moçambicanos para responder a questão de recontagem dos votos nas eleições de 1999? _ E precisamente destas eleições veio grande parte da instabilidade que hoje se vive: deixaremos acaso de chorar os nossos irmãos só porque está a verga levantada para se nos pôr musculosamente às costas? Eu chorarei: chorarei os meus irmãos massacrados desde tempos de luta de libertação até hoje: chorarei as mortes sabidas e as não esclarecidas; choro Montepuez, choro Natchingueia, choro campos de reeducação, … choro mortes dos mais queridos e corajosos filhos da nação em defesa de Estado de Direito mortos para “defender a soberania do Estado”.





lunes, 8 de abril de 2013

O papel do governo da FRELIMO no incremento da tensão em Moçambique


A RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, já disse publicamente que, doravante, irá retaliar a todas as hostilidades que lhe sejam perpetradas pela Polícia da República de Moçambique e pelas Forcas de Intervenção Rápida, todas elas unidades armadas do ministério do interior, incumbidas da tarefa do Estado de garantir a ordem e segurança públicas.
À vista comum o inimigo declarado deste partido são as forcas da Lei e Ordem.
O que está no fundo de tudo isto?
 Uma das razões é a luta de todos: partidos políticos na oposição e cidadão comum sem dividendos no governo, pela despartidarizacão do Aparelho do Estado e pelo fim das células do partido no governo nas instituições públicas. Não é contudo isto que leva a agudização do mau relacionamento entre as duas “potestades” políticas do pais a ponto de ter as forças de lei e ordem como inimigo declarado a que se tem que ripostar via armada.
A razão disto está numa outra realidade que acumulada a primeira faz levedar sensivelmente os ânimos já lesados desde há muito, e ela é a instrumentalização das Forcas de Segurança pelo partido no poder _ que se confunde com Estado _ e seu uso delas para a hostilização, repressão e tentativa de silenciamento total da oposição nos pais, mormente daqueles partidos que realmente são da oposição. Como já disse em pastagem anterior a FRELIMO tornou-se uma máquina ejectora que dejecta tudo que não tenha sua cor partidária ou não paute pelos seus princípios. Acrescento que, isto foi desde os tempos de luta de libertação nacional, época em que todos os que se opuseram aos princípios socialistas impostas pela linha de Samora Machel e Marcelino dos Santos foram separados, humilhados, … e castigados com penas capitais dando castigo exemplar aos mais exemplares: queimando-os vivos como foi o caso de Uria Simango, Joana Simeao, Lazaro Nkavandame, entre outros.
Estes procedimentos foram usados na luta pela democracia: os indesejáveis eram eliminados alguns publicamente, depois de conotados de inimigos ou traidores, outros eram mortos em ataques ditos dos bandidos armados, como se chamavam pelo governo os guerrilheiros da RENAMO, sendo em realidade ataques ou emboscadas realizadas pelos membros da FRELIMO. Logo a seguir o fim da guerrilha usou-se a técnica do envenenamento nos acampamentos: as pessoas eram postas acampadas em separado com uma linha divisória estando por um lado acampados os que tinham sido leais a FRELIMO e do outro os “vindos das matas”. Assim também a comida era por separado e em muitos destes acampamentos do lado dos que não eram da FRELIMO morria-se massivamente a ponto de as pessoas abandonarem os acampamentos e preferirem outro tipo de situação a estar ali recebendo a morte bem visível a chegar. Este tratamento por separado seguiu por muito tempo em instituições como saúde: Em Mocuba, província da Zambézia durou ate depois de 1995.
Prosseguindo sobre a declaração da policia como inimigo da Renamo:
Para além do dito, a RENAMO olhou primeiramente com estranheza a não integração das suas forças no ministério do interior, coisa que, como ela diz e é sabido, faz parte dos acordos gerais de Roma que trouxeram a paz em Moçambique depois de dezasseis anos de guerra civil. O maior partido da oposição veio cedo aperceber-se que aquela era uma força para fins de partido e não de Estado pelas suas actuações: servindo os interesses de um partido em todos os situações e tendo como missão em grande a repressão brutal aos membros da oposição: prisões arbitrarias, execuções sumarias, investidas contra manifestações, uso de porta-vozes da policia para difamar publicamente a oposição e, nos últimos tempos, descarga brutal de força usando armamento de fogo e carros de combate.
Os apelos da RENAMO para que se reveja a parte lesada dos acordos de Roma são em vão e, ultimamente, a FRELIMO não só faz ouvidos de mercador como também ridiculariza sobretudo a Afonso Dlakama, presidente da RENAMO e se burla dos seus apelos ao dialogo para se ultrapassar essa situação de atrito que leva mais de duas décadas. Aproveitando do seu carácter pacifico e do seu empenho em manter a Paz tratam dele como se boneco animado se tratasse e se esforçam não só em denegrir sua boa imagem e seu bom nome como também o hostilizam de jeito que com nenhum ser humano se deveria tratar.
Afonso Dlakama é um homem que atraiu sobre si muita simpatia pelo seu jeito de portar-se; representa os sentimentos de muitos cidadãos do solo pátrio. A RENAMO é um partido com grande representação nas massas; com uma postura no parlamento que lhe faz limpa da imundície da corrupção que alguns cultivam ou não querem que tenha termo.
A política de exclusão usada pela FRELIMO empurra também alguns grupos de gente para o lado da RENAMO, mesmo que estes não compartam em tudo com os seus ideais. Os reclusos inconformados, os desmobilizados de guerra hostilizados, os estudantes chumbados por vingança, os ex-trabalhadores expulsos por motivações políticas, os não contemplados no financiamento dos seus projectos com os vulgo “sete milhões”, … e muitos outros que esperam qualquer vento que se mova contra a FRELIMO para se pendurarem.
Apercebendo-se disto, a FRELIMO opta por uma postura de rugido de leão em seus discursos, apetrecho em armamento, e posicionamento para “esmagar” seus oponentes, como e seu desejo. Estes estão conscientes disto e, fracassadas todas as tentativas de dialogo, se dispõem a defender-se a todo o custo e com os meios ao seu alcance _ inclusive o uso de armas de fogo_ e vem dizendo que respondera a mesma proporção.
Este e o único tempo de a FRELIMO ser aberta e aceitar corrigir o que está de errado na sua postura. Não adianta nada ameaçar ao senhor Bissopo, secretario geral da RENAMO porque não é ele somente quem esta farto do pancismo e procedimentos turvejantes de um partido no poder equiparado ao de Mobutu Sese Sekou do Zaire de outrora.  
A desestabilização de Moçambique e suas consequências está sendo requeridá e preparada pelo governo, um governo que não só comete crimes hediondos, mas também os esconde e pune os que os denunciam, que não só reprime os que discordam com ele como também os silencia utilizando meios sofisticados de morte para depois aparecer a imputar a culpa aos fantasmas opositores (isto que é também uma forma optada para desacredita-los publicamente e depois encontrar pretextos para elimina-los, uma táctica ensaiada em Natchingueia e continuada no pós independência).
Não sou político, não voto partidos voto manifestos eleitorais. Não busco simpatias de quem quer que seja, pois abordarei meus pontos de vista para com quem quer que seja. Estou consciente de que se um dia alguém causar a minha morte não será do lado da RENAMO mas sim da FRELIMO, independentemente do traje que viesse a envergar   

viernes, 1 de febrero de 2013

“Unidade Nacional”, um discurso descabido


Tem-se ouvido falar e até de forma enfática de “unidade nacional”, _ e, de tanto repetir-se, cheira a que a coisa não vai bem por ai. De facto a unidade nacional não é um dado definitivamente adquirido: como já se viu em certos casos os territórios que nalgum momento histórico constituíram uma única nação chegam a um outro marco em que passam a nações plurais. E, na maioria dos casos, tem sido por causa de gestão não inclusiva por parte daqueles que levam a chave do Estado: as segregações levam aos segregados a tomar consciência de sua exclusão e põem tudo o que estiver a seu alcance para trazer a igualdade, a representatividade, a inclusão e tudo que crie um bem comum repartido equitativamente para todos. Os que tiram proveito dessa situação e/ou estado de bolo mal repartido se empenham a defender os seus interesses dando por fora uma cara de bons servidores e assim se afirmando em seus discursos, mesmo que a olho nu de qualquer “mancebo” se veja que o calibre não e do tamanho das munições. Permanecendo a situação insana, não resta mais alternativa aos segregados que alinhar pelo caminho de sua “libertação”. E quando a autodeterminação está garantida todos os sacrifícios ficam consentidos, inclusive o das próprias vidas a prol do bem almejado.
Em Moçambique as coisas podem não tardar muito a ir por ai: os frelimistas tendem a fazer perpetuar o partido FRELIMO no poder custe a que custar, inclusive massacrando, como o caso de Montepuez, silenciando vozes discordantes com a sua postura e forma de governar; sujando processos eleitorais: eleições de 1999 em que se negou a recontagem dos votos, coisa que teria sido muito esclarecedora nas duvidas havidas, e de 2009 em que não houve clareza na exclusão de uns concorrentes (sujeitos e partidos) em determinados círculos eleitorais e cuja busca de esclarecimento ficou em carteira por tempo indeterminado. A segregação envolve contornos monumentais e por pouco não expulsam do pais o moçambicano que não dê o viva a FRELIMO _ queira Deus livrar-nos que na vindoura Constituição da Republica se autorize este mal. Hoje, se não tens cartão de membro do partido no poder não és cidadão em tudo o que isso significa. Se dás alojamento a um membro da oposição já és inimigo. Se discordas com a postura de partidarização do Estado és oposição e és imediatamente expelido do aparelho do Estado. Se falas contra as más praticas dos governantes ficas conotado de diabo, um espírito mau de que se purgar e ficas excluído de usufruir de qualquer beneficio de que o Estado te e devedor. Sumarizando, a FRELIMO se converteu em uma máquina ejectora que expele tudo o que não se identifica com sua cor partidária.
A situação está sendo alarmante; o alerta já subiu a nível máximo; não há muito espaço para falar disto de viva-voz por que não sabes com quem estarás falando mas a verdade é que as coisas não andam bem por causa do partido no poder. Curiosamente este partido está sendo visto como sulista_ quem sabe da história da luta de libertação colonial não tem dúvida; quem teve as experiências do pôs independência ainda se lembra de onde vinham os chefes; as primeiras eleições gerais de 1994 e as de 1999 demonstraram que o norte está(va) farto de um partido com assento no sul; Gaza reclama o título de bastião da FRELIMO e a isso se bate; Beira quer libertar-se de uma exclusão opressora de há muito. Em nome de unidade nacional busca-se Primeiro(a) Ministro(a) de zonas ditas das mais excluídas e depois se descarta como se de lixo se tratasse.  
A casa está suja! O suporte da unidade está tão estirado que a qualquer momento a ponte sobre o Save desaba. A culpa é e ficará exclusivamente a cargo dos frelimistas da FRELIMO.