"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



domingo, 1 de febrero de 2015

Poder/ prestígio e sangue


Embora diferentes os vocábulos poder e prestígio vou considerar como se fossem o mesmo. Alias, quem ostenta prestigio até certo ponto ostenta poder e ninguém aspira a um poder sem prestigio.
Aspirar ao poder faz parte das necessidades dos seres animados e faz-se acompanhar da ambição, uma necessidade básica e neutra (no elenco das necessidades de Murray). Porem, tudo o que é neutro e susceptivel a corrupção e a ambição não poucas vezes é acompanhada pela neurose _ dando-se o caso de ambiciosos neuróticos (disto tratam os peritos em assuntos da psique e a eles remito).
Quando a necessidade de poder/prestígio faz-se acompanhada da ambição neurótica, que instiga os sujeitos a não desistirem sem alcançar os fins almejados é então que se chega ao derramamento de sangue.
Aqui não me dedicarei ao/s caso/s do tipo agressão física ou envenenamentos ou outros pelos quais se pode destruir fisicamente ao adversário. Falarei sim de práticas mais frequentes, as que consistem em ir a um curandeiro e confiar-lhe a materialização de tal pretensão. O curandeiro é uma pessoa que tem poderes para fazer acontecer certos fins, mas estes poderes não lhe são próprios. Geralmente ele tem um pacto com outros “poderes” invisíveis. Este pacto tem que ser renovado com certa regularidade. O pacto tem sido selado com derramamento de sangue e enquanto durar será alimentado regularmente com sangue. Muitos chefes, directores e outros mais não ignoram o que é ir ao curandeiro seja para ascender ao cargo como para assegura-lo. O curandeiro exige sempre algo em troca, pois ele também e exigido com seu “master” espiritual. Quanto mais alto ou prestigioso for o aspirado mais caro se paga: para quem quiser enriquecer tem que sacrificar alguém muito próximo. Normalmente, esta escolha faz-se pela aparição de seus parentes numa espécie de espelho (magico) e a pessoa aponta aquele que escolheu; depois cabe ao curandeiro fazer acontecer o derramamento de sangue. Quando se trata de ser grandes empresários, fica-se nalguns casos com obrigação de sacrificar até os utentes de serviços prestados: uma grande transportadora de passageiros terá que ir sacrificando seus passageiros uma vez por ano; uma falsa “igreja” ou mesquita sacrificará algum fiel; um governante o fará a seus governados, todos com certa regularidade sob ameaça de cessar o pacto e ser severamente sancionado.
Espero que meus leitores não olhem a todos os “bem posicionados” como usando este tipo de procedimento, mas não são poucos os que têm isto como pratica para alcançar suas aspirações de bem sucedidos. Alerto a seguir que isto tem custado muitas vidas humanas: tem havido agregados familiares em que determinadas pessoas não conseguem fazer filhos e viver por muito tempo, porque já estão empenhadas; transportadoras que fazem anualmente holocaustos de vítimas humanas e dirigentes com frequentes massacres em seus mandatos.

Não é tudo, mas poderia ficar muito “aburrido” para si seguir lendo. 

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