Nem o Lurio nem o Ligonha nem sequer o qualquer outro da regiao tinham sido limites a dividir um povo que veio, hà muito, sendo o mesmo. Eram apenas rios e nao havia povo de Nampula ou povo do Niassa ou da Zambèzia, enfim, nao eramos mais que um unico povo que compartia das aguas desses rios (eles forjavam a nossa unidade e era um grande prazer atravessa-los para ir ver outro/s parente/s là do outro lado do Rio).
Para interesses que nao eram nossos, começaram a ser limites, e começaram a limitar nosso parentesco: começamos a dividir-nos em zambezianos, nampulenses, os do Niassa ou de Cabo Delgado (deixemos de fora os nomes que tenham sido mudados).
Interesses de alguns ainda nos separam e hoje pode-se fazer preferencialmente um investimento aqui em detrimento dali ou de acola__, nao por um criterio de escolha de potencialidades naturais a isso relativos senao por prestigio de um povo, que nao è senao parte de um todo esparado.
Limites a limitar nossa familiaridade e a fazer-nos cada vez mais distantes um dos outros.
Jà nao è o "nihimo" que nos distingue, mas sim a provincia,...
Hà fronteiras em Africa a dividir grupos que tinham sido um sò, e, hoje, necessitam de licenças aduaneiras para se visitarem: bastou uma linha que alguem pensou e idealizou, com fins alheios a nòs,__ para nao falar de interesses que nem tinhamos a ver com eles__, para jà nao sermos a mesma familia alargada: os de là sao do Zimbabwe, Zambia, Malawi, etc. e os de cà moçambicanos ainda que sejam os mesmos.
Africa, mal-dividida! Quando acabarà o drama?
Faço-me portador de uma mensagem de jovens sul-africanos da cidade de Pretoria que se propuseram a acabar com as fronteiras e suas portagens. Curioso è que os meios que propoem usar sao um tanto pouco comuns: a oraçao. Dizia um deles, muito seguro: "Nao usaremos outra força senao a da oraçao!".
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