Organizações e individualidades há
que se dizem preocupadas com questões de saúde e tão preocupadas que até se
assanham a questões que têm a ver com componentes culturais e/ou costumeiras
como tatuagens ou incisões no rosto ou outras partes do corpo, mas que não são
muito preocupantes em sua incidência na saúde do corpo. Preocupante para mim é que
não falam nunca de uma pratica que é comum nas unidades sanitárias do terceiro
mundo: a extracção de dentes. Um odontologista desabafou dizendo que aquilo é
uma mutilação e se ele faz é porque sente-se obrigado, mas o normal não seria
extrair-se o dente sempre que tenha problemas. Segundo ele o dente teria que
ser tratado convenientemente e só cairia na velhice. Dentre outras consequências
que ele se referiu sobre um dente extraído é a susceptibilidade ao desequilíbrio
dos outros laterais _ não quero mencionar muitas outras uma vez que acredito
sabidas pois dificilmente haverá quem não tenha alguém com dente extraído entre
seus parentes e/ou relativos.
Diz-se muito caro tratar de um
dente: um mínimo de 500,00mts (ao redor de USD 17,3), e de facto é caro.
No entanto há coisas bem caras e
de pouca utilidade em que as organizações e pessoas se ocupam: são caras as
despesas militares; é caro o conforto e o laser dos camaradas; são caras as manobras
para recuperar os territórios em mãos da oposição; caro o vencimento mensal dos
PCAs das empresas públicas ou comparticipas pelo Estado; caríssimo e pesado a presença
de multinacionais que operam, aqui, com incentivos fiscais. Com o dinheiro
provindo da contribuição fiscal destas últimas se sanearia todo este problema (de
falta de “kits” para “chumbar” os dentes – solução adequada para tratamento de
dentes) e muitos outros, e ainda nem seriamos mendigos eternos para o Orçamento
do Estado.
De muita coisa fútil muita
sensibilidade; de coisas sérias nem sequer interesse: Onde estão os que têm a obrigação
de garantir o bem-estar do cidadão? E essa gente que combate contra tudo o que
é problema de saúde do corpo humano (até lutam contra a pratica de ritos de
iniciação) porque não faz menção disto? Se é mesmo por ser caro o tratamento,
porque não conversam com aqueles que são patrões dessas multinacionais que
operam aqui e os sensibilizem a contemplar o caso nas suas responsabilidades
sociais?
Será tão caro como não chegue
para ser coberto com o custo da madeira que sai daqui para o exterior? É para não
mastigarmos a carne que nos vai proporcionar o PROSAVANA?
Se houvesse consciência clara
disso ao menos se fariam campanhas ou programas de sensibilizacao sobre o
problema que isso e, e, porque não, inclusive nas presidências abertas _ de onde poderia se
retirar algum helicóptero e o dinheiro poupado ser empregue nesta área, mesmo
que apenas fosse para mostrar boa vontade.
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