Com o termo “imprensa”
quero referir me aos meios de comunicação social.
Eles fazem parte
da nossa nutrição. Nutrir não é somente ingerir pela boca. O ar que respiramos,
os conhecimentos que obtemos, o ambiente em que vivemos, a informação que
recebemos e coisas mais que vém a nós e nos ajudam a crescer, todas elas são nutrientes.
Quando são sadias
são bons nutrientes e quando não são maus nutrientes.
No nosso contexto
nacional de bons nutrientes pouco temos e muitos de nós têm apenas nada.
Muitos desses
bens de que nos alimentamos são nos servidos por terceiros e estes não se devem
eximir de sua responsabilidade pelos maus serviços prestados.
São muitos os “ir”responsáveis
pela má qualidade de nossa “comida”, mas hoje falarei da imprensa e apenas vou
falar de pouquíssima coisa para não congestionar de palavras aos consumidores
deste meu nutriente.
Do serviço recente
prestado durante o processo eleitoral todos sabemos e seria, talvez, muita repetição.
Apresento, aqui, duas ementas, no norte, de que já fomos servidos até bastar,
mas não saboreamos por não terem conteúdo apetecível. Já alguém tinha ouvido
falar de um hospital provincial de referência que, segundo eles,
descongestionaria o Hospital Central da Capital do Norte? La vão pelo menos
seis anos que disso já se ensurdeciam os ouvidos. Dos montantes nem quero
mencionar. Para quem está longe e não viu o produto final de tanta propaganda,
a final não saiu senão uma pequeníssima unidade sanitária que nem tiveram
coragem de chamar “hospital”. Um misero centro de Saúde de Muhala Expansão.
O segundo prato é
a estrada que liga as duas províncias mais nortenhas. Quanto bombardeio em informação,
quanta movimentação de “gente grande”, quanta propaganda ao presidente filho
desquerido da pátria amada. Já faz mais de meia década que tudo isso aconteceu
e, quero vos testemunhar que, saindo da Capital do Frio, a estrada só foi feita
22 (vinte e dois) quilómetros, ate Chimbonila e isso durante a campanha
eleitoral finda. E as maquinas do famoso CNC estão ai acantonadas a beira da
estrada, talvez a espera de injeção de mais milhões de dólares.
Dos donos da
mentira, há muito que estou indignado. E agora essa mesma indignação se está
estendendo aos meios de comunicação pela sua comparticipação na mentira dos
grandes da terra que é de todos nós. Fiquem sabendo que um dia ficarão Órfãos. O
povo se seguirá informando, mas vós não sereis os canais de comunicação a usar:
caireis em desuso.
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