Os moçambicanos
em uníssono repudiam a actuação belicista da FRELIMO e do seu governo.
De todas as
partes vem um grande não a actuação do partido no poder e do seu governo,
excluindo alguns sequazes que, desde Maputo, gostariam que Afonso Dlakama fosse
morto para, como dizem eles, acabar com o problema (mas são pouquíssimos e divergem
com a linha geral dos moçambicanos).
Esta mais do que
claro que a FRELIMO, como partido e como governo deixaram de representar os
interesses e a vontade do povo moçambicano. Curiosamente:
_ Entrincheiram-se
no cumprimento da Lei enquanto eles a violam em grande;
_ Dizem-se pela
Paz, mas são eles que promovem a guerra: importam armas equipamento bélico, hostilizam
seus opositores para depois os atacarem;
_ Dizem-se pelo diálogo
e criam condições para que não haja cordialidade nas conversas, apenas criam sessões
de recreação e diversão;
_ Dizem-se cultos
mas não sabem distinguir entre partido e Estado, missão do Exercito e missão da
Policia.
_ Em lugar de
aceitar rever o que não esta sendo implementado dos Acordos Gerais de Paz de
Roma impõem a desmilitarização da RENAMO e, como era previsível isso estava em
vista a acabar com o líder do maior partido da oposição, como ficou demonstrado
no ataque e assalto a Satungira.
_ O pai do
governo das boas intenções, depois de uma grande investida militar, diz-se
pautar pelo diálogo e convida a sua vítima a comparecer a mesa das negociações,
_ que a justiça lhe venha de Outro Lado.
O ataque a
Satungira foi premeditado, preparado e implementado: houve uma etapa de aquisição
de material bélico, outra etapa de preparação das investidas, outra mais de consciencialização
das massas e mais uma outra de uso de causas imediatas. A ultima etapa
consistiu em ataques atribuídos a RENAMO, mas que este nunca os reivindicou.
Agora ninguém duvida
que a FRELIMO mente: na manha da segunda-feira, 21 de Setembro alguém reportava
um cenário eminente de guerra em Gorongosa com estas palavras: “A situação e
alarmante: muitos militares com fardamento novo, equipamento novo, alguns dos
quais aparentam ser estrangeiros, pois não sabem falar português, carros de
combate e outras viaturas em quantidade desusada, bombas esgotadas de combustível,
… pude prever então o que aconteceria nas horas subsequentes e só esperava notícias
confirmativas. E, de facto, as 15,00hs do mesmo dia, aconteceu.
O presidente de
um povo que chama “maravilhoso”queria sair da terra da oposição com o troféu triunfal:
a cabeça do inimigo exibida em público para mostrar sua heroicidade e saciar
sua sede de glórias, _ talvez da próxima_ mas, como muitas outras vezes, a
sorte lhe escapa.
Para quem está
fora de Moçambique: apoiar a FRELIMO no que seja é estar a contribuir para a degradação
da vida dos moçambicanos.
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