"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



jueves, 22 de enero de 2015

Entre a promessa e sua execução


A tensão cresce.
Normal como é a demora (talvez aparente) na materialização do que foi garantido gera estados de ânimo diferentes: Há quem já está ficando decepcionado e balbucia o “Adeus”; outros estão perdendo lentamente a esperança de ver materializado o prometido e, aos poucos, se vão conformado; outros ainda tentam pressionar para ver se há sinceridade nessa coisa de governo diferente do já empossado… do outro lado, os defensores do regime sentem-se folgadamente vitoriosos e acreditam que já não há mais passos para o adversário se não a rendição, e voltam aos habituais insultos, se bem que nem todos curtem a mesma convicção.
A tensão inicial do pós-eleitoral está fragmentando e segmentando-se, sem que isso signifique que seu potencial esteja extinguindo-se já que do futuro de nada estamos certos.
 Algures, numa antiga base que há bem pouco conservou a esperança de ser um centro de assentamento para a reintegração de “efetivos residuais”, entre ditos e factos, o cenário começa a ser preocupante. Os homens que ali esperam sei la de quê que lhes foi prometido vão transbordando até a aldeia, que não está muito longe da base e junto a estrada nacional cognominada “espinha dorsal”.
São vários os relatos dos seus feitos e tudo faz concluir que estejam a ficar saturados de espera tao prolongada e, por isso, extravasam. Quem já os conheceu em tempos de guerra não fica sossegado e de boato em boato os moradores têm, de vez a outra, preferido pernoitar nas matas.

O tempo vai passando, tudo parece permanecer na mesma, mas todos temos a convicção de que o problema não está resolvido. E quem pode estar sossegado?!

martes, 20 de enero de 2015

As fraudes e as cheias


Acabava-se de sair das eleições gerais e presidenciais de 1999.
Sua transparência tinha sido muito duvidosa e muitos criam que o empossado não tinha sido o vencedor.
O dito derrotado reclamava sua vitoria e, com ele, uma enorme massa de não apenas partidários senão também muitos honestos.
O regime manifestou-se comunista da linha de “Mao” e demonstrou que eliminava quem o protesta. Dos sanguinários todos temem. O problema ficou resolvido.
E, a seguir, houve cheias como nunca tinha ouvido falar em tempos de minha idade. E as cheias fizeram suas vítimas. _ Se o regime as fez no norte estas no centro e sobretudo no sul. Diz-se que alguém, por sinal da parte do prejudicado, teria dito que de castigo de Deus se tratasse. Insulto que irritou os sulistas. Se Deus castiga ou não castiga os humanos nisso divergem.
Quase década e meia depois a historia se repete: eleições contestadas, tomada de posse de “pseudo vencedor”, multidões de trás de um “derrotado” aclamado e proclamado pela maioria e ignorado pelos Agentes do Direito; movimentos de civis do lado de um e carros e armas “ás ordens” do regime. Para além de Chitima, de que estamos condoendo estão para proporcionar-nos mais luto? Não gostaríamos e se vier a acontecer quem tem a culpa é o ladrão (se existe). Antes que isso aconteça as cheias já se anteciparam ao ciclo vicioso com suas desgraças.
Se, como repetiu alguém bem por estas datas, “as cheias são castigo de Deus”, então aquele que foi em farsa investido que use de bom juízo, tema o castigo e se recolha, pois se de Deus vem o castigo o desta vez será pior! Se daquela vez chegou-se até Nyimpine desta, o imprevisível.

Talvez Cheias, Fraudes Grossas e Eleições Viciadas façam parte de um mesmo ciclo e dai prenda-se que Deus não castiga.

jueves, 8 de enero de 2015

A Nação Moçambicana deixou de existir


O Pais já se foi embora. Desapareceu o sentido de Estado.
Moçambique já não é o pais dos moçambicanos. Não existe Estado como garante do bem-estar dos cidadãos moçambicanos. O que era pais virou covil de ladroes: um punhado de seres que deixaram de ser humanos pelas suas barbáries. Esse bando que usa as pessoas e os bens dessas pessoas para seus instintos estomacais. Ludibriam-nos a ir par as urnas e depois fazem dos resultados um tapete para os seus pés, se e que os têm.

A emoção impede-me de continuar: estou chorando pela vitória “arrancada” ao povo. Se nos arrancam nossa vitoria que mais nos resta? Que não farão de nos em seguida?