"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



lunes, 1 de diciembre de 2014

Os crimes da nossa imprensa


Com o termo “imprensa” quero referir me aos meios de comunicação social.
Eles fazem parte da nossa nutrição. Nutrir não é somente ingerir pela boca. O ar que respiramos, os conhecimentos que obtemos, o ambiente em que vivemos, a informação que recebemos e coisas mais que vém a nós e nos ajudam a crescer, todas elas são nutrientes.
Quando são sadias são bons nutrientes e quando não são maus nutrientes.
No nosso contexto nacional de bons nutrientes pouco temos e muitos de nós têm apenas nada.
Muitos desses bens de que nos alimentamos são nos servidos por terceiros e estes não se devem eximir de sua responsabilidade pelos maus serviços prestados.
São muitos os “ir”responsáveis pela má qualidade de nossa “comida”, mas hoje falarei da imprensa e apenas vou falar de pouquíssima coisa para não congestionar de palavras aos consumidores deste meu nutriente.
Do serviço recente prestado durante o processo eleitoral todos sabemos e seria, talvez, muita repetição. Apresento, aqui, duas ementas, no norte, de que já fomos servidos até bastar, mas não saboreamos por não terem conteúdo apetecível. Já alguém tinha ouvido falar de um hospital provincial de referência que, segundo eles, descongestionaria o Hospital Central da Capital do Norte? La vão pelo menos seis anos que disso já se ensurdeciam os ouvidos. Dos montantes nem quero mencionar. Para quem está longe e não viu o produto final de tanta propaganda, a final não saiu senão uma pequeníssima unidade sanitária que nem tiveram coragem de chamar “hospital”. Um misero centro de Saúde de Muhala Expansão.
O segundo prato é a estrada que liga as duas províncias mais nortenhas. Quanto bombardeio em informação, quanta movimentação de “gente grande”, quanta propaganda ao presidente filho desquerido da pátria amada. Já faz mais de meia década que tudo isso aconteceu e, quero vos testemunhar que, saindo da Capital do Frio, a estrada só foi feita 22 (vinte e dois) quilómetros, ate Chimbonila e isso durante a campanha eleitoral finda. E as maquinas do famoso CNC estão ai acantonadas a beira da estrada, talvez a espera de injeção de mais milhões de dólares.

Dos donos da mentira, há muito que estou indignado. E agora essa mesma indignação se está estendendo aos meios de comunicação pela sua comparticipação na mentira dos grandes da terra que é de todos nós. Fiquem sabendo que um dia ficarão Órfãos. O povo se seguirá informando, mas vós não sereis os canais de comunicação a usar: caireis em desuso.