Com um pouco de vontade e uma
actuação algo honesta o lixo deixaria de ser um problema onde quer que fosse,
inclusive nas nossas cidades.
Depois de uma experiencia pessoal
na gestão do lixo no local onde me encontro, conclui que nem todos os resíduos que
comummente chamamos lixo merecem tratamento de desperdício, pois grande parte
deles são uma grande riqueza na área mãe do desenvolvimento de muitos países africanos
e não só, na agricultura.
Desde pequeno fui informado por
meu pai e professor no ensino primário que os adubos químicos eram prejudiciais
a terra. Na minha experiencia campesina fui fazendo experiencias de uso de
fertilizantes obtidos de material vegetal, mas era pouco sustentável este uso. Após uma
passagem em Gauteng enriqueci a minha busca com uma empresa que se dedicava a
cultivo de plantas de jardim. Juntando esta experiencia a aquelas anteriores
cheguei a um conhecimento do qual me sinto satisfação em haver adquirido: O LIXO DOMESTICO EM COMBINACAO DE MATERIAL
VEGETAL E DOS MELHORES E MAIS BARATOS FERTILIZANTES QUE TEMOS A DISPOSICAO.
Esse lixo que levamos a lixeira e esse capim que queimamos porque nos incomodam
e precisamente essa grande riqueza que temos para uso sustentável na
agricultura se estivermos interessados em preservar o nossa planeta são e
sadio.
EXPERIENCIA RECENTE:
Há em casa um jardim que já se
encontrava cansado e nele não cresciam as plantas e o uso de fertilizantes de
origem animal não estava sendo uma boa solução, devido seu ciclo curto e
repetitivo para alem de deixar a terra cada vez mais seca. A decisão tomada
consistia em trazer para cá outra terra mais nutrida.
Estando a meu cargo cuidar dos
campos tomei decisão minha e fui por fazer doutra maneira, visto que a primeira
era onerosa, laboriosa e de não muita sustentabilidade. Preparei material
vegetal: folhas e caules de plantas de jardim e arbustos do campo cortados aos
pedacinhos, cobri com isto o solo e fui acrescentando lixo caseiro não nocivo.
Fui deitando agua, agua de desperdício, e, depois que o composto deu aparência de
estar pronto fiz a sementeira e o plantio. Nunca o jardim rendera como hoje;
agora o lixo faz falta em casa e tenho que pedir que não se desperdice mais por
ser muito útil.
Passeei pelas lixeiras da cidade para
avaliar o tipo de lixo existente: é questão de saber separar e tudo aquilo que não
seja plástico ou vidro já deixaria de ser lixo.
Se houver uma vontade nisso e se
puserem os meios, que não seriam demasiado dispendiosos, o lixo gerará emprego,
será lucrativo e fará falta.