"NAO ESTOU DE ACORDO COM O QUE DIZES, MAS

DEFENDEREI ATÉ A MORTE TEU DIREITO DE DIZÊ-LO!"

EVELYN B. HALL (atribuida a Voltaire).



miércoles, 2 de mayo de 2012

O LIXO PODE FAZER FALTA


Com um pouco de vontade e uma actuação algo honesta o lixo deixaria de ser um problema onde quer que fosse, inclusive nas nossas cidades.
Depois de uma experiencia pessoal na gestão do lixo no local onde me encontro, conclui que nem todos os resíduos que comummente chamamos lixo merecem tratamento de desperdício, pois grande parte deles são uma grande riqueza na área mãe do desenvolvimento de muitos países africanos e não só, na agricultura.
Desde pequeno fui informado por meu pai e professor no ensino primário que os adubos químicos eram prejudiciais a terra. Na minha experiencia campesina fui fazendo experiencias de uso de fertilizantes obtidos de material vegetal, mas  era pouco sustentável este uso. Após uma passagem em Gauteng enriqueci a minha busca com uma empresa que se dedicava a cultivo de plantas de jardim. Juntando esta experiencia a aquelas anteriores cheguei a um conhecimento do qual me sinto satisfação em haver adquirido:  O LIXO DOMESTICO EM COMBINACAO DE MATERIAL VEGETAL E DOS MELHORES E MAIS BARATOS FERTILIZANTES QUE TEMOS A DISPOSICAO. Esse lixo que levamos a lixeira e esse capim que queimamos porque nos incomodam e precisamente essa grande riqueza que temos para uso sustentável na agricultura se estivermos interessados em preservar o nossa planeta são e sadio.
EXPERIENCIA RECENTE:
Há em casa um jardim que já se encontrava cansado e nele não cresciam as plantas e o uso de fertilizantes de origem animal não estava sendo uma boa solução, devido seu ciclo curto e repetitivo para alem de deixar a terra cada vez mais seca. A decisão tomada consistia em trazer para cá outra terra mais nutrida.
Estando a meu cargo cuidar dos campos tomei decisão minha e fui por fazer doutra maneira, visto que a primeira era onerosa, laboriosa e de não muita sustentabilidade. Preparei material vegetal: folhas e caules de plantas de jardim e arbustos do campo cortados aos pedacinhos, cobri com isto o solo e fui acrescentando lixo caseiro não nocivo. Fui deitando agua, agua de desperdício, e, depois que o composto deu aparência de estar pronto fiz a sementeira e o plantio. Nunca o jardim rendera como hoje; agora o lixo faz falta em casa e tenho que pedir que não se desperdice mais por ser muito útil.
Passeei pelas lixeiras da cidade para avaliar o tipo de lixo existente: é questão de saber separar e tudo aquilo que não seja plástico ou vidro já deixaria de ser lixo.
Se houver uma vontade nisso e se puserem os meios, que não seriam demasiado dispendiosos, o lixo gerará emprego, será lucrativo e fará falta.

E O PAIS ESTÁ MILITARIZANDO-SE



 A sede de poder de alguns está fazendo de todos nós reféns. Sem querermos e com o nosso não manifesto estão nos levando por uma senda pela qual já passamos e provou-nos que não era das melhores: a resolução de problemas com recurso a armas. Essas armas que nós não queremos que pululem mais em nossa terra,  em nosso continente. E levam-nos pelo caminho da guerra, pelo caminho da morte.
Disto não pedimos favores,  está dito e e irrevogável: ARMAS NÃO.
E não é por ai o caminho da vitoria dos que nelas confiam: a experiencia já mostrou que  esse recurso não serve. Também os jovens sem experiencia de guerra já sabem que isso não e eficaz. Pouco depois da segunda volta das eleições em Nacala escutei conversa de jovens que estavam prestando seu serviço ali. Diziam, entre outras as coisas, que tentavam barrar a passagem dos jovens e, fazendo de estar dando prioridade aos velhos, a esses anciãos que eles instruiam em língua local a fazer impressão digital naquele em quem não gostavam. Adverti a eles que isso não estava bem e que não brincassem com o povo. Um, por sinal agente da FIR, respondeu dizendo: que pode fazer simples povo, nós já vamos receber dois blindados para circular com eles em momentos de manifestações e assim amedrontar as pessoas. Apenas adverti que as massas saturadas se fazem explosivas e retirei-me.
Curiosamente, depois do ataque as instalações do partido RENAMO em Nampula, um agente das forças de intervenção rápida FIR que havia participado no assalto e que fez parte da conversa anterior buscou-me para dizer como agora mudou de opinião e não é mais pela via do uso da força que ele se posiciona: o ver seu colega morto, outro ferido, outro tremer em combate por enexperiencia e ter que ser evacuado por precaução; o passar em frente da residência da Lider da Renamo e encontrar os seus guardas fortemente armados; ver blindado com danos provindos do fogo oposto e coisas outras que para ele foram fracasso, desde o esquema montado e o resultado obtido, sem esquecer a diferença de efectivos e de equipamento…
Não e por via armada que se devem resolver os conflitos.
Muita arma é mais confusão, muito crime e descontrole social!
As armas que trazem não estão ao serviço nosso, sim dos seus interesses.